Duas cooperativas baianas representativas da agricultura familiar irão fornecer café e achocolatado à Superintendência do Ministério da Fazenda aqui na Bahia. Os contratos, referentes à Chamada Pública nº 01/2017, que tem por objetivo a aquisição de café torrado e moído, café torrado em grãos e achocolatado em pó com leite, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), foram firmados nesta quarta-feira (13), em Salvador, com a participação de representantes do Ministério da Fazenda, das cooperativas e da Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
A Cooperativa Mista de Produção, Aquisição e Serviço do Estado da Bahia (Coopsertão), do município de Irecê, foi habilitada a fornecer café torrado e moído e café torrado em grãos. O recurso dessa chamada pública é de R$ 98,4 mil. Já a Cooperativa de Serviços Sustentáveis da Bahia (Coopesba) de Ilhéus, irá fornecer achocolatado em pó com leite, pelo valor da chamada pública de R$ 27,3 mil.
O titular da Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf), Marcelo Matos, destacou que esse é um momento muito importante para a agricultura familiar na Bahia, com a compra institucional do PAA, realizada pelo Ministério da Fazenda de café em pó e café em grão torrado: “A Suaf apoiou a elaboração do edital e a comissão de licitação da Superintendência do Ministério da Fazenda, aqui em Salvador, na avaliação e julgamento das propostas e na seleção das entidades vencedoras da chamada pública. Essa ação abre a possibilidade para que outros órgãos do Governo Federal possam seguir esse exemplo, esse modelo e adquirir os produtos da agricultura familiar na modalidade PAA compra institucional”.
Para Karine, da Coopesba, foi muito importante participar e ser selecionada nessa chamada pública de compra institucional do Governo Federal, na Bahia, por meio do Ministério da Fazenda. A representante explica que a cooperativa possui cerca de 400 agricultores cooperados, mas deve ampliar para outros municípios, além de Ilhéus, que também produzem cacau, como Gandu, Una, Piraí do Norte e Canavieiras.
“Hoje fornecemos o achocolatado em pó, com leite, específico para o mercado institucional, mas a expectativa é trabalhar com outros produtos beneficiados da agricultura familiar e que o Governo amplie as compras para fortalecer a agricultura familiar na região, contribuindo para que o agricultor possa se manter na sua terra e viver da sua produção”, salientou a representante da Coopesba.
De acordo com o superintendente de Administração do Ministério da Fazenda, Etevaldo Carneiro, uma das principais motivações para a assinatura desse contrato com as cooperativas foi a quantidade de reclamações, relativas à qualidade do café, em seu antigo local de trabalho, problema solucionado com a compra da agricultura familiar: “Aliado à qualidade do café da agricultura familiar, nossa motivação é também saber que a gente está contribuindo realmente para o desenvolvimento social do país, gerando ocupação e renda para os agricultores familiares. Outra motivação é a lei que determina a compra de pelo menos 30% da agricultura familiar em órgãos públicos. Nosso próximo passo é a compra do açúcar”.
Marcelo Brito, da Coopsertão, ressalta que a assinatura desse contrato é muito importante para os agricultores familiares produtores café: “Com essa ação eles têm a garantia de comercialização com um preço justo”. Brito completou dizendo que são cerca de 80 agricultores e agricultoras produzindo e fornecendo o grão que é beneficiado pela cooperativa e que a expectativa é que outros produtores possam ter o mesmo resultado: “A gente espera que com esse movimento possamos incluir outros agricultores, que poderão também agregar valor à sua produção”.
