O componente irá reforçar as capacidades técnicas dos municípios para implementação dos Programas Municipais de PSA – Pagamento pelos Serviços Ambientais.
A equipe da secretaria municipal da Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, de Wenceslau Guimarães, participou, nesta terça-feira (9), na Serra da Papuã, do lançamento do projeto “CompensAção”, executado pela OCT – Organização de Conservação da Terra e financiado pelo Programa Aprimorado de Adaptação para Agricultura Familiar (ASAP+) do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), da Alemanha.
Na comitiva de Wenceslau Guimarães estavam agricultores familiares, associações, comunidades quilombolas e o secretário da agricultura Eliosmar Fontes, que comentou sobre a participação de Wenceslau Guimarães no encontro. “Hoje é um momento muito importante para o nosso município. Estamos participando do lançamento desse projeto que eu não tenho dúvidas, vai ser um divisor de águas para as nossas comunidades agrícolas, e nós estamos aqui para aprender e multiplicar todo esse projeto em nossas comunidades rurais”, disse o secretário.
O agricultor Edísio Santos de Jesus, do Assentamento P. A. Boa Sorte, comemorou o lançamento do programa e falou de sua comunidade. “Nosso Assentamento P.A. Boa Sorte possui 50 famílias com um potencial muito forte na agricultura, na natureza. Temos bastante água, que é a nossa riqueza. Nós temos 85% de Mata Atlântica preservada e esse programa chega para nos ajudar, fortalecer nossa comunidade”, disse o represente da comunidade.
Dentre os objetivos estão a redução da pobreza rural através do aumento da produtividade e PSA; promoção da transição agroflorestal para arranjos menos dependentes de insumos externos e mais rentáveis; diversificação dos sistemas produtivos favorecendo o aumento da produção e da renda e promoção dos serviços ambientais com mecanismos de compensação.
Leandro Ramos, diretor Executivo do CIAPRA Baixo Sul, comentou sobre a importância do projeto. “O Baixo Sul vive um momento muito importante com várias iniciativas. A cadeia produtiva do cacau, como outras tantas, mas especialmente a do cacau, tem um apelo econômico fundamental no nosso território, assim como um apelo ambiental. Não tem como a gente produzir cacau sem preservar as matas, sem preservar a floresta, reproduzir por meio de sistema agroflorestal. É um sistema que conserva o meio ambiente, conserva o solo, conserva as nascentes, melhora as condições de produção e diminui a presença das pragas na lavoura”, explicou Leandro.
“Wenceslau Guimarães não fica de fora! Nosso município está dentro da Mata Atlântica. Temos uma estação ecológica e as comunidades aqui representadas por algumas associações quilombolas e assentamentos serão beneficiadas. Faremos o lançamento desse projeto no município para cadastrar todos os agricultores e ensinar o funcionamento do programa dentro do município”, acrescentou o secretário Mazinho.
O programa deve alcançar 12 municípios do Baixo Sul e Sul da Bahia (Gandu, Ibirapitanga, Igrapiúna, Ilhéus, Ituberá, Nilo Peçanha, Nova Ibiá, Piraí do Norte, Presidente Tancredo Neves, Teolândia, Uruçuca e Wenceslau Guimarães), com Política Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais (PMPSA) instituída, e 77 municípios de 4 Territórios de Identidade da Bahia – Baixo Sul, Litoral Sul, Vale do Jiquiriçá e Médio Rio de Contas.
Ascom PMWG
Fotos: Vanessa Andrade