Vítima de racismo diz que ligou para Polícia Militar e corporação negou viatura

A mulher que foi vítima de racismo na parte externa de uma loja de conveniências em Salvador, disse que ligou para Polícia Militar, no momento do flagrante, e a corporação teria negado enviar uma viatura. O caso aconteceu no sábado (6) e, nesta segunda-feira (8) a suspeita ainda não havia sido presa.

A vítima, identificada como Andresa Fonseca, registrou os insultos racistas em vídeo. Na gravação, a suspeita diz que odeia pessoas pretas. O registro da ocorrência, que aconteceu no bairro de São Rafael, foi feito na delegacia de Pau da Lima no domingo (7), e é investigado como injúria racial.

“Eu liguei para a polícia e a pessoa que me atendeu disse que, nesse caso, não enviaria viatura e que era para eu me conduzir à delegacia mais próxima, com as provas que eu tinha em mãos, para registrar o BO [boletim de ocorrência]”. Só me perguntaram onde eu estava e me disseram que a delegacia mais próxima era a de Pau da Lima”, relatou a vítima.

Em nota, a Polícia Militar se limitou a dizer que não foi acionada para a ocorrência. No entanto, o advogado da vítima, Tiago Melo, disse que Andresa tem provas de que fez a chamada para a central da PM.

“A polícia negou que ela tenha ligado, mas ela tem os registros no celular, a prova de que ligou. É complicado porque a polícia, neste momento, é extremamente importante para o flagrante e para todo o processo criminal”.