O verme cabeça-de-martelo tem se espalhado pelo Brasil. O animal é de difícil combate devido à sua capacidade de regeneração. Há uma semana, uma moradora de Mutuípe publicou uma foto nas redes sociais questionando o que era.
Nesta quinta-feira (8), um repórter do Mídia Bahia registrou a presença do verme.
Origem e expansão do verme cabeça-de-martelo
Conforme apurado pela reportagem, o verme cabeça-de-martelo é originário da Ásia, mas tem se espalhado pelo mundo. A princípio, em fevereiro deste ano, biólogos emitiram alertas sobre registros de sua presença nos Estados Unidos da América e em alguns países da Europa.
Primeiros registros no Brasil
Os primeiros registros do verme cabeça-de-martelo no Brasil ocorreram em 2023, em Belo Horizonte. Contudo, em janeiro de 2024, estados do Sul também reportaram a presença do animal.
O que é o verme cabeça-de-martelo?
O verme de cabeça achatada é uma planária (um tipo de platelminto) pertencente à espécie Bipalium. O animal pode medir entre 2,5 cm e 40 cm. Ele se alimenta de caracóis, lesmas, larvas de insetos e minhocas.
O animal de cabeça chata, além de liberar substâncias tóxicas, é difícil de combater devido à sua capacidade de regeneração. Se você o partir ao meio, ele se transformará em dois. Se o dividir em dez, surgirão outros dez.
Portanto, o contado direto com o animal provoca irritação da pele.
De acordo com especialistas, o verme não visa o ser humano. Porém, de acordo com o Departamento de Proteção Ambiental de Nova Jérsei, nos Estados Unidos, o verme carrega a tetrodotoxina, uma neurotoxina encontrada em baiacus e em polvos de anéis azuis.
Tetrodotoxina: riscos e efeitos
A contaminação por tetrodotoxina é capaz de atacar o sistema nervoso, provocar dormência e até levar à morte.
Método eficaz de eliminação
A recomendação para eliminar o verme cabeça-de-martelo é colocá-lo em um recipiente e usar sal e vinagre. Contudo, devido à toxicidade, é necessário usar luvas na captura. Além disso, ácido bórico, ou óleo cítrico, ou simplesmente sal puro são eficazes.