Venda de tadalafila aumentou 60% em um ano na Bahia

Ela foi criada para tratar a disfunção erétil no início dos anos 2000, mas tem sido utilizada para fins que não envolvem impotência sexual. Nas academias, uma turma jovem, que sequer sofre com a doença, faz o uso para obter uma alta performance. Virou moda até mesmo no Carnaval, sendo vendida por ambulantes como se fosse doce – embora necessite de prescrição médica. Trata-se da tadalafila, mais conhecida como tadala.

O fármaco é eficaz 30 minutos após sua administração, por até 36 horas, mas exige uso racional e deve, obrigatoriamente, ser estipulado por um médico.

A tadalafila foi o terceiro medicamento mais vendido no Brasil em 2024, atrás apenas da losartana, que é utilizada para controle da pressão arterial, e da metformina, para diabetes, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No caso do uso como pré-treino, as pessoas idealizaram equivocadamente que a tadalafila pode ter uma ação no endotélio muscular, fazendo com os vasos dos músculos dilatem e que haja uma maior nutrição dos músculos antes ou durante a atividade física. Com isso, a pessoa teria um ganho de massa muscular maior.
“Não existe evidência científica em relação a esse tipo de posologia e de resultado com a utilização do medicamento. Portanto, é estritamente contraindicado o uso desse remédio para esse tipo de objetivo”, diz o médico urologista Lucas Batista, sócio do Instituto de Urologia da Bahia e chefe dos serviços de Urologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

 

Créditos: Folha do cacau