Nesta quarta-feira (26), as empresas farmacêuticas Moderna e Merck/MSD anunciaram um marco na luta contra o câncer de pele: a seleção de voluntários para a última fase de testes de sua vacina personalizada, visando combater o melanoma. Caso os resultados sejam promissores, esta vacina poderá ser administrada ao público.
Desenvolvida para ser utilizada em conjunto com o medicamento Keytruda, a vacina é especialmente indicada para pessoas que já foram afetadas pelo melanoma. Na fase 2 dos testes, os resultados impressionaram ao reduzir em 44% o risco de morte e recorrência do tumor em comparação com os pacientes que utilizaram apenas o medicamento.
A próxima etapa dos testes contará com a participação de cerca de mil pacientes, selecionados por médicos de 165 centros de saúde em 25 países ao redor do mundo. Ainda não há um prazo definido para a conclusão do estudo ou para a possível disponibilização da vacina ao público.
“Esta vacina é um marco empolgante e importante para investigar como a terapia individualizada pode potencialmente transformar o tratamento da forma mais grave de câncer de pele”, disse o vice-presidente sênior da Moderna, Kyle Holen, em comunicado à imprensa.
A vacina personalizada, conhecida provisoriamente como V940, utiliza a mesma tecnologia de RNA mensageiro empregada nas vacinas contra a Covid-19. Seu objetivo é ensinar o sistema imunológico a reconhecer e atacar mutações específicas nas células cancerígenas, evitando o reaparecimento dos tumores de pele, que costumam ser extremamente graves.
O procedimento envolve células de RNA modificadas e codificadas para compreender a sequência de DNA particular do câncer de cada paciente. Essas informações são coletadas e isoladas previamente. Após a vacinação, o corpo adquire uma “memória” reforçada para identificar células potencialmente cancerígenas e combater o mal de forma mais eficiente.