Tudo que você precisa saber sobre o grupo hacker REvil, responsável por, pelo menos, quatro ataques milionários nos últimos meses

Além de invadir os sistemas de grandes empresas, cibercriminosos ainda “prestam serviço” para outros invasores

Empresas do mundo inteiro têm sido alvo de ataques cibernéticos de ransomware – uma espécie de vírus que entra nos sistemas de tecnologia, codifica as informações e bloqueia o acesso dos usuários. Em seguida, os hackers pedem, às companhias afetadas, resgates em criptomoedas. Nos últimos meses, o grupo REvil ganhou notoriedade por invadir sistemas dos mais variados negócios para, depois, solicitar valores milionários para liberá-los.

Nesta semana, a unidade de cibersegurança da Palo Alto Networks, batizada de Unit 42, lançou um estudo sobre a atuação do grupo que vem ganhando notoriedade, também conhecido como Sodinokibi. Escrito pelo consultor John Martineau, o relatório fala sobre o modus operandi dos hackers da organização. “Eles são um dos mais notórios operadores de ransomware do mundo”, diz. “Ganharam reputação pela extração de quantidades massivas de dados e a solicitação de resgates milionários.”

De acordo com o especialista, além de realizar os ataques, o grupo criminoso possui uma outra faceta: o de fornecedor de tecnologia. Sendo assim, a organização conta com um modelo de “Ransomware as a Service” (RaaS, na sigla em inglês) – ou seja, prestam serviço para outros hackers. “Eles oferecem encriptadores e decifradores, infraestrutura e sistemas para comunicação com negociadores e sites para vazamento de informações coletadas”, afirma. Por conta dessa forma de atuação, o vírus desenvolvido pelos hackers também pode ser utilizado por outros grupos.

Nos últimos meses, o REvil ganhou as manchetes dos jornais e sites por conta de seus ataques a grandes empresas. Nos Estados Unidos, por exemplo, um caso famoso foi o da fornecedora de armas nucleares Sol Oriens, que teve os seus sistemas invadidos e dados roubados em maio deste ano. A empresa de Albuquerque, no Novo México, possui contrato com o Departamento de Energia norte-americano e é responsável por projetos da Agência Nacional de Segurança Nuclear do país. O valor do resgate não foi divulgado.

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