Terremoto deixa mais de mil mortos em Mianmar e atinge Tailândia; ONU envia ajuda emergencial

Um terremoto devastador de magnitude 7,7 atingiu Mianmar nesta sexta-feira (28/3), deixando mais de mil mortos e milhares de feridos, segundo dados atualizados divulgados neste sábado (29). A tragédia se estendeu até a Tailândia, onde também foram registrados mortos, feridos e desaparecidos.

 Em Mianmar, a junta governante confirmou que 1.004 pessoas morreram e 2.376 ficaram feridas, com a maioria dos óbitos registrados na cidade de Mandalay, a segunda maior do país. O número, no entanto, pode aumentar, já que muitas áreas seguem em ruínas e equipes de resgate ainda procuram por sobreviventes entre os escombros.

O epicentro foi localizado na cidade de Sagaing, no centro do país, e o terremoto foi seguido por um forte tremor secundário de magnitude 6,7. Prédios, pontes e estradas foram destruídos, e um estado de emergência foi decretado nas seis regiões mais afetadas.

 Na capital Naypyidaw, hospitais ficaram lotados e muitos feridos foram atendidos ao ar livre por falta de estrutura. A tragédia já é considerada o maior terremoto em mais de um século no país, segundo geólogos dos EUA.

🇹🇭 Na Tailândia, os efeitos também foram sentidos com força. Em Bangkok, capital tailandesa, seis mortes foram confirmadas até agora, com 26 feridos e 47 desaparecidos, a maioria em um canteiro de obras onde um prédio desabou próximo ao famoso mercado de Chatuchak.

 As autoridades locais receberam mais de 2 mil relatos de danos estruturais e mobilizaram engenheiros para avaliar os riscos nos edifícios da cidade.

Ajuda internacional O chefe da junta militar de Mianmar, Min Aung Hlaing, fez um raro apelo por ajuda internacional — atitude incomum para o regime. A ONU anunciou o envio de US$ 5 milhões para os esforços iniciais de socorro. O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, também declarou apoio à tragédia.