MUDE O FOCO!

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Por: Luzitânia Silva

De repente você acha que sua vida não tem sentido, nada dá certo pra você. Sofre enxovalhos, às vezes se cala diante da tempestade não apenas esperando o momento certo de falar, mas porque perdeu a voz e não sabe mais o que dizer.

Quantas vezes pensou em desistir da vida? Quantos sonhos esboçados deixaram de virar pintura? Quanto tempo perdeu na estrada? Quantas palavras deixaram de se unir e virar um poema memorável? Quanta coisa ficou no caminho e você não pode voltar pra buscar? Quantos momentos perdidos? Quantas emoções escondidas? Quantos choros contidos? Quantas palavras não proferidas? Quanto tempo que se perde pensando no passado!

Sinceramente, precisa-se mudar o foco. A vida não te espera, os momentos não voltam e seu hoje corre sério risco de ficar eternamente vinculado ao saudosismo.  Seu futuro possivelmente será engavetado.

É fácil mudar? Claro que não! Quem disse que seria? Achar forças nas adversidades, ser flexível e resiliente são características importantes, no entanto não devemos nos sentir obrigados a ser perfeitos. 

Chore de tristeza ou alegria. Ria, mesmo que o riso seja histérico. Levanta a cabeça, abaixe-a quando os ombros estiverem carregando o maior peso possível, se não conseguir permanecer erguida. 

Quem disse que devemos ser exímios em tudo o tempo todo? Quem disse que alguém é inferior por ter sentimentos e cair por vezes? Só não devemos permanecer no chão porque aí já se caracteriza como fraqueza. 

Aproveite as oportunidades que surgem, entretanto não se martirize se passarem despercebidas. Seja feliz e faça alguém feliz, consciente de que a felicidade não está somente em coisas grandiosas, mas nas coisas simples da vida. Mude o foco quando necessário! Não deixe de ser você mesmo!

Coluna. RATOS

ratos ptn news

Ratos, ratos, muitos ratos por toda parte

Por todos os lugares

Nos becos, nas praças

Nos casebres e nos palácios.

Ratos… ratos!

De várias cores, de vários tamanhos

Querem o meu queijo, querem a minha consciência

Audaciosos, persuasivos, sensatos, indiferentes.

Tento me proteger, acham-me

Às vezes, ajudo-os a construírem os seus castelos

Seria ingenuidade da minha parte?

Ratos… ratos!

Em grupos, individualmente

Em disparada, ou em câmara lenta

Não importa, são ratos.

Devoram, desconstroem, constroem.

Eles brigam entre si

Eles fazem aliança entre si

Dividem o queijo, fatiam a pizza, todos se saciam

Enquanto isso, continuo faminta

Faminta de justiça, faminta de direito

Esquecida. Ah! Não por muito tempo

Muitos ratos voltarão em busca de mais queijo.

Coluna. O que de fato importa

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Por Luzitânia Silva

Os caracóis de seus cabelos rubros caíam fartos sobre os ombros. Os fios brilhavam cada vez mais à medida que o sol resplandecia. As lágrimas escorriam pelo rosto angelical e seu coração aflito parecia querer saltar pela boca. Já chegava à clínica enquanto pensava no ocorrido.

Ainda ontem seu namorado sumiu do mapa. Juliana se lembrava da cena como se vivenciasse no exato momento. Rafael deitado na cama, entrelaçado a uma mulher, sua melhor amiga, a Kátia. Seus corpos nus, cobertos apenas por um lençol branco e fino, demonstravam intimidade descomunal, já que aparentavam se odiar anteriormente.

Se quisesse deixar a Kátia irritada, falasse de Rafael em sua frente. O veneno escorria no canto da boca e as palavras proferidas deixavam qualquer ser humano perplexo.

Caso Juliana ousasse pensar em mencionar o nome da amiga, Rafael se rebelava de imediato, falando impropérios a respeito da dita cuja. Mas, chegava a ser chocante, tanto ódio não passava de paixão animalesca. Era tosco. Imundo. Podre. Vê-los dormindo após a possível selvageria anterior a indignava, do mesmo modo que a deixava petrificada na porta do quarto, sem fazer o mínimo ruído.

Com boca entreaberta, olhos arregalados, pele pálida e corpo imóvel, ela não cria na visão infernal. Pensou em sair dali, tentando anular aquilo de sua memória ou sabe-se lá o que… Ela não tinha ideia para onde ir, se deixaria a chave do apartamento dele em cima de uma mesinha na sala ou levaria consigo. Não conseguia nem chorar.

Em uma fria noite de verão

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Por: Marilene Oliveira

Fim de expediente. Começo de noite. Trânsito congestionado. Pessoas apressadas dirigem-se ao ponto de ônibus. Todos lutam por um espaço. Crianças, adolescentes, jovens, muitos dispersos nas ruas. Talvez, vítimas de uma sociedade desigual. Apática. Sem nenhum medo ou receio, usam, vendem e partilham drogas. Rostos desfigurados, olhares sombrios. Diálogos confusos. Ficam prontos para aplicar o golpe nas pessoas que passam por ali. Ameaçadas por esses sujeitos, algumas reagem. Outras correm. De outras, tudo é levado. Gritos… choros… pânicos… correrias… revoltas… protestos. Valores transgredidos … condutas violadas…  Abismo à frente. Olhos vedados.

A rua é o mundo. O espaço. O tudo. Observo as cenas. As pessoas. Os atos. Gostaria de não ver esses episódios. Infelizmente contemplo, também, muitas pessoas buscando a sobrevivência nos lixões, disputando restos de alimentos com os cães, urubus, ratos… “Bichos!” “Bichos!” Meu Deus! A lei da sobrevivência! Outras sendo exploradas sexualmente, vendendo os seus corpos como se fossem simples mercadorias. Como dói. Há esperança para essas pessoas? Enquanto isso, convivo numa sociedade capitalista, na qual a divisão de bens é injusta, resultando numa relação dicotômica entre exploradores e explorados, aumentando, consequentemente, o número de mais “miseráveis” no país. Não aceito essa situação!

O céu está nebuloso. Parece que vai chover. Não demora muito e a chuva cai. O asfalto fica brilhando. Em pouco tempo, pequenas lagoas são formadas. Ruas inundadas. Caos total em alguns pontos da cidade. Os carros passam em disparada espirrando aquele líquido contaminado em tudo e contaminando as pessoas que estão por perto.

– Mal educado! Seu filho da p… Alguém grita.

A noite fica mais tensa. A chuva não cessa. Ligo o som. O limpador de para-brisas dança para lá e para cá incessantemente. A visibilidade fica comprometida. Os vidros embaçados. O semáforo fecha. Sinto medo… fico angustiada. Ao redor vejo crianças vendendo balas. Em meio a tudo isso, aproveito a parada para trocar o CD. Preciso ouvir uma música para relaxar. 40, 39, 38… 3, 2, 1. Abre-se o sinal. Alguns motoristas imprudentes e mal educados querem sair às pressas. Buzinas. Xingamentos. Palavrões e às vezes tiros.  Seria tão bom se todos fôssemos eticamente corretos!

Mais respeito e amor, por favor!

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Por Luzitânia Silva

Como a pessoa metamorfoseada que sou, permito-me a discordância não raras vezes. Discordo inclusive de ter discordado de algo que opinei no passado e entendo que isso me torna um ser humano complexo e mutável. Falando nisto, lembro-me de ter dissentido de uma frase cantada e dita pelo saudoso Renato Russo: “A humanidade é desumana”, entretanto hoje compartilho da ideia, pois são observáveis atrocidades, chegando a embrulhar o estômago, me impulsionando a desacreditar no belo e bom.

Pessoas tiram vidas de outras por motivos que chegam a ser bizarros, onde fica evidente a busca irracional pelo poder e o sentimento da suposta superioridade em relação aos demais.  Pais matando filhos, filhos matando pais, marido esfaqueando esposa, namorada castrando namorado, intimidades sendo reveladas nas redes sociais, disputas de gangues, disputa por poder, xenofobia, homofobia, racismo, dentre outros fatos que deixam os nervos à flor da pele e o cabelo em pé.

Mulher: Escrava dos seus medos, refém da sociedade

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Rosemeire Cerqueira

O papel da mulher na sociedade é uma construção histórica marcada pela submissão imposta que, até hoje, traz exposta as marcas das correntes que a manteve em cativeiro durante séculos e, mesmo estando em pleno século XXI, onde a liberação feminina é proclamada aos gritos e a igualdade de direitos é fato consumado ( ao menos no papel), ainda vivemos nas prisões psicológicas as quais fomos condenadas durante séculos de obediência servil.

Conviver com a liberdade é algo relativamente novo para as mulheres. Porém, até que ponto somos realmente livres, até que ponto sabemos e nos é permitido tomar posse da liberdade conquistada? Ora, muitos são os discursos que abordam essa tal liberdade feminina, mas será que de fato ela existe na prática? Será que no seu dia a dia a mulher tem espaço para exercer sua liberdade sem ser menosprezada ou adjetivada negativamente ( sinceramente, acho que não!).

Ser livre, pressupõe-se ter direito a fazer sua própria escolha, ter direito a livre arbítrio para tomar suas decisões sem sofre pressões de espécie alguma e sem ser julgada por suas opções, sejam elas quais forem. Então, se ser livre compreende todas estas coisas citadas acima fica a seguinte reflexão: Mulher, será que você realmente é livre? Pare, pense, reflita!

Coluna. Imprensa: a voz da sociedade

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Pensar na historia do Brasil é pensar antes de tudo na importância da imprensa, seu papel decisivo nos acontecimentos políticos, econômicos e sociais ocorridos no contexto colonial. Mesmo diante da “lei do silêncio”, a imprensa jamais foi omissa aos fatos. Acredita-se que ela instigou as transformações sociais, incentivou o povo a lutar pelo ideário de independência. Luca e Martins (2008, p. 8), afirmam que, “[a] nação brasileira nasce e cresce com a imprensa. Uma explica a outra. Amadurecem juntas. Os primeiros periódicos iriam assistir a transformações da Colônia em Império e participar intensamente do processo. A imprensa é, a um só tempo, objeto e sujeito da história brasileira”. A imprensa marca decisivamente o período sócio-histórico vivenciado aqui no Brasil no Regime Colonial. Ora se colocando como objeto, ora como sujeito nesse processo, mas de grande relevância para a sociedade brasileira.

Segundo Sodré (1999), a imprensa no período do Império vivia atada, os seus editores sob total observância da Corte e expostos a toda sorte de ameaça e “perigo”. Em virtude desse entrave, Hipólito da Costa resolveu fundar o seu jornal fora do país, a saber, na capital inglesa, alegando a perseguição e os perigos da censura aqui no Brasil, precisamente no começo do século XIX. “No que se refere à imprensa brasileira, é fácil hoje compreender como a restrição à sua liberdade interessava às forças feudais europeias, à metrópole lusa e seu governo […]” (SODRÉ, 1999, p. 44). O fazer jornalístico de Hipólito trazia matérias que certamente iriam de encontro aos interesses dos senhores feudais, já que ele criticava o regime escravocrata e, na oportunidade, apontava as máquinas como recursos para acabar como o trabalho servil.

Coluna. Eu, amante da vida

 

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Foto: reprodução.

Tento expor meus sentimentos através da poesia…,

tenho sonhos, desejos, medos e inquietações…

Sou como qualquer mortal, limitada e volúvel.

Às vezes, me perco na minha imaginação,

medrosa e assustada, tento voltar ao meu aprisco

e, como uma ovelha muda, oculto-me no meu silêncio.

                                               A inquietação me constrange,                           

 tento voar em outros céus, na busca do infinito.

Persistente, me lanço em outros mares, “à procura do meu

porto seguro, onde eu possa ancorar a minha nau”.

E, como uma amante incondicional da vida, sinto-me enamorada

das suas belezas e, o meu coração pulsa veemente.

Beijo o mar, com todo o seu encanto,

 e enlaço-me nas suas ondas profusas e envolventes.

Galanteio o sol, o reverencio e me sujeito aos seus pés.

Aprecio a lua solitária e fico extasiada com toda a sua candura e paixão.

E, com a alma cândida e sem mácula, posso voar mais leve,

 alcançando os lugares superiores.

Tento desenhar a vida na tela do meu coração,

falta-me a delicadeza, a leveza e a sensibilidade do pintor.

Não me acovardo e insisto nessa arte.

E, com um toque suave, artístico e bem intencionado,

começam a surgir os primeiros rabiscos.

Tento dar o máximo de mim e, com muita inspiração,

 intrepidez e de forma irrefutável,

concluo a minha arte bela, fascinante e majestosa:

minha paixão pela vida, pois ela, em sua essência,

é uma sublime poesia, a ser declamada diariamente

pelos que são apaixonados pelo milagre do nascimento.

PTN NEEWS

Coluna. “Peixe morre pela boca”

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Você já se perguntou em algum momento da sua existência se os alimentos que você ingere diariamente têm causado danos a sua saúde? Desde pequena, escuto o provérbio português “peixe morre pela boca” e agora na idade adulta pude perceber que, não somente, os peixes morrem pela boca, levando em consideração o sentido literal da expressão, mas nós seres humanos estamos a cada dia consumindo alimentos danosos que em nada contribuem para a manutenção da nossa saúde.

Vivemos em uma sociedade em que a qualidade de vida é sempre colocada em segundo plano, devido a correria típica do mundo moderno, posto que , optamos por uma alimentação rápida e prática sem levar conta os malefícios que esta pode causar a nossa saúde. Na era do fast food, dos refrigerantes, das frituras e enlatados, optar por uma alimentação balanceada e ajustada as necessidades de cada  organismo ,torna-se um tarefa árdua  que exige de nós um tempo e determinação que, por vezes, não dispomos.

Não é preciso sair de casa para acompanhar as novidades do mercado alimentício. Os meios de comunicação invadem nosso lar diariamente  com anúncios e propagandas que vendem a ideia do consumismo desenfreado para manter vivo o capitalismo. São tantas opções de comida, apetitosa e rápida, que não refletimos sobre os prejuízos que esses alimentos podem causar a saúde.

Quem não gosta de um refrigerante bem gelado no verão? Um dos maiores vilões da nossa saúde é um dos preferidos a nível mundial, mas você sabia que além de conter grandes quantidades de açúcar o refrigerante altera o metabolismo influenciando o ganho de peso?

Coluna. Como encontrar o amor da sua vida

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Por. Luzitânia Silva

Certamente, ao menos uma vezinha, você já almejou encontrar a metade da laranja. Talvez já tenha chorado até soluçar, pedindo pro Pai Celestial uma resolução imediata para sua carência e desalento nos dias tortuosos. Suspeito, inclusive que, após as bebedeiras com seus amigos, vendo inúmeros casais se formando enquanto se encontra sozinha, tenha se martirizado, metido o pé-na-jaca, cometendo loucuras inenarráveis e causadoras de arrependimentos, envergonhando-se de sair de casa ao menos nos próximos duzentos anos.

Se for supersticiosa, não tenho dúvidas acerca do sofrimento e afogamento do pobre Santo Antonio. Possivelmente já acendeu velas, ajoelhou-se no chão frio, fez até mandinga e o pior, depois de tudo isso, esperando um príncipe-encantado você só encontrou sapo que, mesmo beijando e tudo o mais, não houve jeito dele se transformar conforme descrito nos contos de fadas.

Entendendo o seu martírio e necessidade de encontrar esse tal amor intenso e verdadeiro que move montanhas, não poderia deixar de te dar algumas dicas infalíveis para a sua identificação. Sugiro que use sem moderação e complemente com outras que achar viável. São elas:

  • Valorize-se!

Cuide de sua aparência e de sua mente, invista na sua educação, pratique atividade físicas e não se contente com menos que você merece. Nunca abandone seus valores por ninguém.

  • Liberte-se!

Não se atente a conceitos e regras moralistas pré-estabelecidos que te fazem mal, tornando-te num ser estático e sem personalidade.

Se quiser dançar, dance! Vista aquela roupa amada que te orientam a não usá-la por conta do seu peso, sua altura ou porque não fica do mesmo modo que naquela modelo cheia de photoshop. Faça aquela tatuagem e corte ou tinja o cabelo daquele jeito que você sempre quis.

  • Curta-se!

Saia com pessoas queridas, divirta-se com seus amigos, entretanto não esqueça de aproveitar um momento só seu. Leia um livro, assista filmes, viaje sozinha ou fique fazendo nada. Se você não se suporta, dificilmente alguém te suportará.

  • Olhe-se no espelho!

É importante se amar, ter respeito por si mesmo e se apaixonar todos os dias por alguém que te compreenda e te aceite com suas particularidades, seus defeitos, seu temperamento, sua TPM infernal e tudo o mais que vem de você.

Vale a pena se olhar no espelho e ter a confirmação de que você é o amor da sua vida e não há ninguém mais importante pra você.

Se ame, mulher! Deixa o outro ser companhia não sua razão de existir.

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