Por: Rosemeire Cerqueira
Objetificar e sexualizar o corpo feminino para atrair a atenção do público e para vender produtos é uma arma utilizada há tempos pela publicidade e pela indústria de entretenimento que reforça de maneira indiscutível os valores patriarcais da sociedade brasileira.
O que vemos, justamente agora, quando o direito e a defesa da igualdade entre os gêneros é amplamente divulgada e discutida é a objetificação extrema da mulher.
Todos os dias assistimos corpos femininos serem vendidos como mercadoria; pernas, seios, músculos bem torneados, barrigas invejáveis, bumbuns colossais ganham a mídia de forma assombrosa e irrestrita. Além de objetificar o corpo feminino e de retratar a mulher de forma estereotipada, a mídia insiste em impor à mulher um padrão de beleza que, muitas vezes, gera discriminação, depressão, preconceitos, doenças e em alguns casos leva, até mesmo, mulheres à morte, pois em busca desse corpo perfeito (criado pela mídia), muitas recorrem a procedimentos que acabam ceifando suas vidas.