Acidente vascular cerebral (AVC) e eu com isso?

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Foto: Reprodução

Por. Eliane Cerqueira

Você sabia que o acidente vascular cerebral (AVC) popularmente conhecido como “Derrame cerebral” mata mais de 6,2 milhões de pessoas no mundo, a cada ano, segundo a Organização Mundial da Saúde? Somente no Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, são registradas cerca de 68 mil mortes anualmente ,sendo, o  AVC uma das fundamentais causas de morte no Brasil e em outros países do mundo.

Um AVC ocorre quando o abastecimento de sangue a uma parte do cérebro é evitado ou por uma obstrução ou por uma hemorragia, ou seja, o acidente vascular cerebral pode ser de dois tipos: O isquêmico (obstrução)  que ocorre devido ao entupimento dos vasos que levam sangue ao cérebro ou do tipo hemorrágico que ocorre em decorrência do rompimento de um vaso dentro do cérebro causando derramamento de sangue e consequentemente alteração, inchaço no local.

 Estatísticas mostram que essa doença cerebrovascular tem atingido pessoas cada vez mais jovens. Em 2012, quatro mil pessoas entre 15 e 34 anos foram internadas por causa do problema no país sendo uma das justificativas apresentadas para o aumento da ocorrência em jovens ,os hábitos de vida de cada indivíduo. De acordo com o Ministério da Saúde, o fumo é responsável por cerca de 25% das doenças vasculares, entre elas, o derrame cerebral. 

Essa doença cerebrovascular pode ser prevenida com hábitos saudáveis de vida, pois  várias enfermidades que atuam como fator de risco  para a incidência do AVC, como o diabetes e a obesidade são enfermidades decorrentes de práticas inadequadas típicas da sociedade moderna.  Estar acima do peso ,por exemplo, é um fator de risco para o aumento da pressão arterial, para o diabetes e ,consequentemente, aumenta o risco de AVC.

Como já discutimos em outros textos aqui no PTN NEWS, uma dieta saudável e exercícios regulares ajudarão a controlar seu peso e diminuir as chances de um acidente vascular cerebral. O AVC não é mais um mal que atinge apenas os idosos. Os jovens estão mais expostos no cenário atual em que o sedentarismo, o colesterol alto, a obesidade, o diabetes são fatores determinantes para um acidente vascular e não são enfermidades exclusivas dos idosos.

São vários os sintomas de um AVC tais como: Dor de cabeça repentina e intensa sem motivo aparente; sensação de formigamento na face, braço ou perna de um lado do corpo; desmaios; alteração na fala; dentre outros. Fique atento, pois a agilidade no atendimento de um acidente vascular cerebral é primordial para a redução de sequelas no paciente. Quanto mais rápido for diagnosticado maiores são as chances de menores sequelas.

PTN NEWS

Coluna: Será que você é mulher para casar?

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Por: Rosemeire Cerqueira

Se você é homem e está iniciando a leitura desse texto, provavelmente, em algum momento da sua vida já escutou essa frase:  “aquela  mulher não serve para casar”. E se você é mulher e já vivenciou algo parecido continue a leitura, pois afinal, o que é uma mulher para casar? O que classifica ou desclassifica uma mulher para o casamento? Em pleno mundo moderno é triste constatar que ainda vivemos em uma sociedade em que mulher para casar deve ser submissa, recatada, com espírito de mãe protetora e o mais importante que saiba cuidar da casa e que espere seu “macho provedor” com um bom café e com um sorriso no rosto depois de um dia de tarefas doméstica.

Mas, e os nossos sentimentos? Onde ficam em meio a tanto machismo e diferenças que colocam o homem como senhor do seu destino e do destino da sua esposa? Será que não posso me sentar em um bar com amigas e tomar uma cerveja? Será que minhas roupas definirão minha índole?  Ou melhor, com o perdão da palavra usarei o velho jargão popular  “tenho que ser santa na rua e puta na cama”.

Muitos ainda acreditam que mulher para casar, imprescindivelmente, tem que ter um passado  “honroso” não ter sofrido nem cometido nada que seja amoral ou escandaloso aos olhos da sociedade. Então, se você não atende a um destes requisitos, infelizmente, você  não é considerada um bom exemplo de mulher para casar.

Coluna: O acarajé e suas associações religiosas.

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Foto: Divulgação

Por, Eliane Cerqueira.

Na África, àkàrà (bola de fogo), no Brasil acarajé, prato abençoado, oferecido a Iansã, rainha dos raios, guerreira das ventanias, mulher mais poderosa da África negra, orixá feminino mais popular entre os mitos da Umbanda e do Candomblé. Através desse alimento, os adeptos de Iansã se aproximam dos seus deuses e dão sentido ao seu universo religioso.

“Oyá, Oyá ela é dona do mundo. Oyá, Oyá mãe Oyá venceu guerra”. São muitos os cantos entoados em homenagem a Iansã, por aqueles que não enxergam esse alimento, apenas, como uma forma de subsistência, mas como um bem cultural, repleto de tradição e significados que os auxiliam no culto dos orixás.

O acarajé não é somente um prato típico da Bahia, esse alimento expressa valores culturais que perpassam o simples ato de se alimentar e contribui para a formação da identidade cultural do povo baiano.  Identidade passada de geração em geração e que durante a história da nossa sociedade e, principalmente, da sociedade baiana tem desempenhado um papel de extrema importância, no que tange a redescobrir costumes e revelar a identidade de um povo que procura manter vivas suas raízes.

No seu preparo, ingredientes como o azeite de dendê e o feijão, são tidos como primordiais. O feijão se encontra associado a divindades como Obaluaê que é representado pelo feijão preto. Yemanjá, rainha e dona do feijão branco e Iansã senhora do feijão fradinho. É notório perceber através dessas associações que os aspectos culturais e religiosos estão intrínsecos na nossa alimentação, definindo assim, o que comemos, por que comemos e quando comemos.

Muitos, ainda no Brasil, oferecem alguns alimentos a entidades religiosas como o caruru oferecido Cosme e Damião. Ao redor do mundo, são muitos os alimentos proibidos ou abençoados por estarem associados a entidades religiosas. Um bom exemplo disso é a carne de boi, amada pelos brasileiros, mas proibida na cultura indiana por estar associada a deuses importantes para o povo Hindu.

Os hábitos alimentares sempre ultrapassam a simples ação de adquirir os nutrientes necessários ao organismo e nos ajudam a perceber que esse ato está atrelado a grandezas sociais, culturais e religiosas que apesar de sofrer transformações ao longo da história, marca a identidade cultural de um povo.

Refletir acerca do significado de cada prato, o que está envolto no seu preparo, e o seu significado para determinada comunidade, nos faz navegar no tempo e voltar na história da formação do nosso povo. É claro que nem todos concordam ou aceitam determinadas associações entre alimentos e alguns deuses adorados em religiões diferentes, mas o importante é entender e respeitar as crenças e motivações que levaram cada cultura a pensar dessa forma.

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 Alimentos funcionais, você conhece?

Humanização nas práticas de saúde.

Sexo e alimentação: qual a relação?

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Coluna. Amor matemático.

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Por. Marilene Oliveira de Andrade

Quando te vi pela primeira vez

Meus batimentos cardíacos

Foram a cento e cinquenta

Comecei a idealizar o nosso triângulo amoroso

Eu, você e a nossa felicidade.

Meus pensamentos, às vezes,

Pareciam uma circunferência

Queria descobrir um meio para te falar

Do meu amor ao quadrado

O medo me fazia experimentar

Momento côncavo e convexo

Pensei uma… duas… três vezes…

Em te dizer que os meus sentimentos

Estão se multiplicando a cada dia.

 

Igual adolescente

Quando está descobrindo a paixão

Resolvi escrever meia dúzia de frases românticas

No meu coração retangular.

Desejo dividir com contigo

Todos os meus pensamentos incógnitos

Somar os momentos felizes

Diminuir a distância

Proporcionada pelas retas

E, em cada curva da nossa vida

Descobrimos um ponto de intersecção entre nós.

Coluna. Sociedade do espetáculo.

Por uma consciência nacional: Relação homem e sociedade

Coluna. In(formalidade)

Sobre nossa colunista 

Colunista alerta sobre violência contra a mulher.

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Foto: Divulgação

Violência doméstica: E quando o agressor é seu companheiro?

Por: Rosemeire Cerqueira.

De uma forma geral, a violência define-se como sendo o uso de palavras ou ações que machucam as pessoas. Também se caracteriza pelo abuso do poder, assim como o uso da força física que resulta em ferimentos, tortura ou morte.

São vários os motivos: miséria, desigualdade, pobreza, discriminação, entre outros, que contribuem para o desenvolvimento de atos agressivos entre as pessoas, porém a violência não está associada à classe marginalizada como muitos pensam. Ela surge em todas as classes sociais, religiões, etnias, etc.

Muitas vezes a violência é utilizada de forma sutil, pois aquele que agride toma certos cuidados para dominar por completo o estado emocional do outro e é, neste contexto, que está inserida a violência doméstica contra a mulher.

A violência doméstica contra a mulher, entre elas, a sexual,  não é plenamente visível e exatamente por isso difícil de ser combatida já que,  muitas vezes,  por vergonha, medo, dependência, etc, a mulher não denúncia seu companheiro/marido  agravando ainda mais a situação e dando ao agressor o privilégio da impunidade.

Coluna. Na calada da noite

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Marilene Oliveira

Na calada da noite… 

Entre faróis e becos

rostos são revelados

transformados

desfigurados. 

Homens escravos de

si mesmos

fumaça expelida

corações e cérebros poluídos

corpos comercializados

feito mercadoria barata. 

Na calada da noite… 

O silêncio é perturbador

a alma chora o frio da solidão

sonhos se transformam em marasmo

olhos se revelam assustados

há fuga para o próprio interior. 

A noite dorme… 

Neste exato momento

sirenes acordam

o jogo fica mais forte.

Salve-se quem puder!

PTN NEWS

Coluna. Espanhol no Brasil: ¿Hablas Español?

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Foto: Reprodução

Por, Eliane Cerqueira.

Quando falamos em língua estrangeira no nosso país, logo pensamos no Inglês, isso porque, durante muitos anos foi a língua privilegiada nas escolas brasileiras. É inegável a importância do inglês, em todos os âmbitos da nossa vida, mas será que já paramos para refletir sobre os demais idiomas? Será que já analisamos o contexto em que o Brasil se encontra inserido? Se já fizemos essas reflexões, com certeza, reparamos que praticamente todos os nossos vizinhos possuem o espanhol como língua materna e o Brasil é o único falante do português.

 Sendo assim, o espanhol merece uma atenção especial de nós brasileiros quando  pensamos em aprender novos idiomas, tendo em vista que, aprender outras línguas  se configura, atualmente, como parte imprescindível do conjunto de conhecimentos essenciais a qualquer pessoa do mundo globalizado.  Sejam quais forem as razões, econômica, política, comercial ou social, saber outro idioma se apresenta como uma necessidade dentro do atual contexto.

O espanhol é uma das línguas mais faladas no mundo Diariamente, são mais de 400 milhões de pessoas falando espanhol, seja como língua materna, segundo idioma ou língua estrangeira. Alguns estudos indicam que até 2.050 serão mais de 550 milhões de pessoas falando esse idioma em todo o mundo e em meio a esse cenário, a língua espanhola assume um espaço de destaque dentre as demais línguas no âmbito brasileiro, já que, em (2005) a Presidência da Republica sancionou a lei 11.161/05), que dispõe sobre o ensino da língua espanhola no Brasil em escolas pública e privada, determinando obrigatória a oferta do idioma em todo território nacional, para os cursos do Ensino Médio e facultativa entre a 5.ª e 8.ª séries do Ensino Fundamental.

Estudar a Língua espanhola, além de permitir ampliar as possibilidades de comunicação, já que esse idioma é falado por mais de 21 países também  abre portas para o mercado de trabalho, não apenas em países falantes do espanhol como língua materna, mas em países  como o EUA que já adotou o espanhol como segundo idioma. O domínio de uma língua estrangeira que antes era desejável, hoje, passou a ser um pré- requisito para se obter sucesso em uma sociedade globalizada.

Então, você fala espanhol? Se não fala, não perca mais tempo comece hoje mesmo a aprender esse idioma único, singular  e com uma grande diversidade cultural.

Brasil: Não basta só acordar tem que reagir também!

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Por: Rosemeire Cerqueira

Há um pouco mais de um ano, o povo rebelou-se contra a corrupção reinante no nosso país e ontem (domingo), mais uma  vez a população rebelou-se . Porém, desta vez as vozes nas ruas do Brasil gritavam nomes e siglas  partidárias o que não aconteceu nas  manifestações do ano passado. Nos cartazes, as mensagens foram expressas de forma clara e imperativa “ fora Dilma”, “ fora PT”, “impeachment”.  No entanto, os protestos de 2014, parecem  ter tido uma maior adesão popular.

Apesar de ser um assunto debatido desde as mesas de barzinhos até os grandes meios de comunicação a  maioria das pessoas não sabem, de fato,  o significado de tudo o que está acontecendo no Brasil, mas não têm a menor dúvida de que trata-se  de algo contra o PT e contra a Presidenta Dilma.

O que vai mudar depois dessas manifestações?  Está é uma pergunta que muitos estão fazendo e que ainda não há uma resposta.

Diante do atual  cenário político que vivemos fica o questionamento: Será que, de fato, o Brasil acordou?  Temo que não!

Muitos foram/vão para as ruas bradar apaixonadamente frases de ordem, porém sem saber  realmente o que estão pedindo e  por quê?

O protesto popular é válido e necessário, pois é a forma que temos de expressar nossa indignação, exercer a  democracia( coisa que nos custou muito conquistar), e lutar por um país melhor.  Entretanto, precisamos compreender que apenas pintar a cara e ir para as ruas bater panelas não tirará o Brasil do lamaçal de corrupção no qual ele se encontra.

Coluna. E agora Brasil?!

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Por. Marilene Oliveira de Andrade

Assim, como milhões de brasileiros e brasileiras, que estão indignados e indignadas com a situação pela qual o Brasil encontra-se no momento, também faço parte dessa triste estatística.

Como posso pôr a mão no peito e cantar orgulhosamente o Hino Nacional? Como posso deitar eternamente em berço esplêndido se o meu país encontra-se atordoado em meio a vozes clamando por justiça? “A situação é grave”! Até quando meu Brasil terei que ver cenas tão esdrúxulas como essas que estamos vivenciando no cenário político e econômico? Oh! “Gigante pela própria natureza”! Está na hora de mostrar a tua força!

Parece até irônico cantarmos que os “Nossos bosques têm mais vida”. O desmatamento desenfreado e a ambição capitalista têm acinzentado a imagem do teu “formoso céu, risonho e límpido”. ”A imagem Cruzeiro resplandece”… Sim! A imagem do teu Cruzeiro resplandece e é vista diariamente por um número considerável de brasileiros e de brasileiras que madrugam em filas de postos médicos para conseguir uma ficha. O que deveria ser um espetáculo da natureza torna-se uma cena dolorosa. Enquanto isso, o Gigante encontra-se adormecido.

Cadê o penhor dessa igualdade? Perante a Constituição, somos todos (as) iguais, mas na prática prevalece “a lei do mais forte”, ou seja, do (a) privilegiado (a).

Não queremos paz apenas no futuro, muito menos, glória apenas no passado. Milhões de pessoas clamam por paz no presente. Não suportamos ver diariamente pessoas vitimadas por tantos tipos de violências, das mais cruéis possíveis. E agora Brasil?! Como dormir no berço esplêndido, enquanto teus filhos e tuas filhas dormem na fria calçada? Ouve, “Ó Pátria amada”! O brado retumbante daquelas pessoas silenciadas pela opressão, assustadas pelo medo e retraídas pela insegurança.

E agora Brasil?! Quando voltaremos a cantar orgulhosamente o teu Hino? Oh! “Gigante pela própria natureza”! Está na hora de mostrar a tua força! Os teus filhos não fogem à luta.

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PTN NEWS 

Coluna. Brasil: Pão e circo para o povo

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Foto: Reprodução

Por: Rosemeire Cerqueira

Vivemos um momento político, social e econômico deplorável. O Estado, há muito tempo instituiu a política de pão e circo com o objetivo de entreter o povo para que não haja uma conscientização social da real situação que o país vem passando.

Há séculos, na Roma antiga  quando a mesma passava por um grave período de epidemias e fome, os imperadores criaram as arenas  onde os gladiadores batalhavam até a morte oferecendo  ao povo um espetáculo grandioso, ou seja, diversão gratuita. Além disso,  era ordenada a distribuição gratuita  de comida para a população. Tudo isso com o objetivo de acalma a população e desviar a atenção da situação degradante na qual viviam.

Hoje, ao invés de termos arenas repletas de gladiadores, temos os estádios onde por pouco mais de uma hora o povo esquece as desmazelas que vivemos e se entregam a paixão nacional, o futebol. Os milhões  gastos dos cofres públicos  na construção de estádios em cidades que não possuem  a mínima infraestrutura para oferecer educação e saúde  de qualidade demostra o tamanho do descaso que os gestores públicos têm com a população que, muitas vezes, nem percebe as manobras ardilosas para suborná-la.

Assuntos referentes ao combate da corrupção, a saneamento básico,  melhor qualidade  de vida, investimentos em uma melhor distribuição de renda e em educação pública são banalizados dando lugar aos assuntos do momento (Ex: as relações conturbadas dos personagens da novela Global  Babilônia ), enquanto o Brasil naufraga, discutimos banalidades iludidos pelas grandes mídias.