Coluna. Imprensa: a voz da sociedade

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Pensar na historia do Brasil é pensar antes de tudo na importância da imprensa, seu papel decisivo nos acontecimentos políticos, econômicos e sociais ocorridos no contexto colonial. Mesmo diante da “lei do silêncio”, a imprensa jamais foi omissa aos fatos. Acredita-se que ela instigou as transformações sociais, incentivou o povo a lutar pelo ideário de independência. Luca e Martins (2008, p. 8), afirmam que, “[a] nação brasileira nasce e cresce com a imprensa. Uma explica a outra. Amadurecem juntas. Os primeiros periódicos iriam assistir a transformações da Colônia em Império e participar intensamente do processo. A imprensa é, a um só tempo, objeto e sujeito da história brasileira”. A imprensa marca decisivamente o período sócio-histórico vivenciado aqui no Brasil no Regime Colonial. Ora se colocando como objeto, ora como sujeito nesse processo, mas de grande relevância para a sociedade brasileira.

Segundo Sodré (1999), a imprensa no período do Império vivia atada, os seus editores sob total observância da Corte e expostos a toda sorte de ameaça e “perigo”. Em virtude desse entrave, Hipólito da Costa resolveu fundar o seu jornal fora do país, a saber, na capital inglesa, alegando a perseguição e os perigos da censura aqui no Brasil, precisamente no começo do século XIX. “No que se refere à imprensa brasileira, é fácil hoje compreender como a restrição à sua liberdade interessava às forças feudais europeias, à metrópole lusa e seu governo […]” (SODRÉ, 1999, p. 44). O fazer jornalístico de Hipólito trazia matérias que certamente iriam de encontro aos interesses dos senhores feudais, já que ele criticava o regime escravocrata e, na oportunidade, apontava as máquinas como recursos para acabar como o trabalho servil.

Coluna. Eu, amante da vida

 

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Foto: reprodução.

Tento expor meus sentimentos através da poesia…,

tenho sonhos, desejos, medos e inquietações…

Sou como qualquer mortal, limitada e volúvel.

Às vezes, me perco na minha imaginação,

medrosa e assustada, tento voltar ao meu aprisco

e, como uma ovelha muda, oculto-me no meu silêncio.

                                               A inquietação me constrange,                           

 tento voar em outros céus, na busca do infinito.

Persistente, me lanço em outros mares, “à procura do meu

porto seguro, onde eu possa ancorar a minha nau”.

E, como uma amante incondicional da vida, sinto-me enamorada

das suas belezas e, o meu coração pulsa veemente.

Beijo o mar, com todo o seu encanto,

 e enlaço-me nas suas ondas profusas e envolventes.

Galanteio o sol, o reverencio e me sujeito aos seus pés.

Aprecio a lua solitária e fico extasiada com toda a sua candura e paixão.

E, com a alma cândida e sem mácula, posso voar mais leve,

 alcançando os lugares superiores.

Tento desenhar a vida na tela do meu coração,

falta-me a delicadeza, a leveza e a sensibilidade do pintor.

Não me acovardo e insisto nessa arte.

E, com um toque suave, artístico e bem intencionado,

começam a surgir os primeiros rabiscos.

Tento dar o máximo de mim e, com muita inspiração,

 intrepidez e de forma irrefutável,

concluo a minha arte bela, fascinante e majestosa:

minha paixão pela vida, pois ela, em sua essência,

é uma sublime poesia, a ser declamada diariamente

pelos que são apaixonados pelo milagre do nascimento.

PTN NEEWS

Coluna. “Peixe morre pela boca”

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Você já se perguntou em algum momento da sua existência se os alimentos que você ingere diariamente têm causado danos a sua saúde? Desde pequena, escuto o provérbio português “peixe morre pela boca” e agora na idade adulta pude perceber que, não somente, os peixes morrem pela boca, levando em consideração o sentido literal da expressão, mas nós seres humanos estamos a cada dia consumindo alimentos danosos que em nada contribuem para a manutenção da nossa saúde.

Vivemos em uma sociedade em que a qualidade de vida é sempre colocada em segundo plano, devido a correria típica do mundo moderno, posto que , optamos por uma alimentação rápida e prática sem levar conta os malefícios que esta pode causar a nossa saúde. Na era do fast food, dos refrigerantes, das frituras e enlatados, optar por uma alimentação balanceada e ajustada as necessidades de cada  organismo ,torna-se um tarefa árdua  que exige de nós um tempo e determinação que, por vezes, não dispomos.

Não é preciso sair de casa para acompanhar as novidades do mercado alimentício. Os meios de comunicação invadem nosso lar diariamente  com anúncios e propagandas que vendem a ideia do consumismo desenfreado para manter vivo o capitalismo. São tantas opções de comida, apetitosa e rápida, que não refletimos sobre os prejuízos que esses alimentos podem causar a saúde.

Quem não gosta de um refrigerante bem gelado no verão? Um dos maiores vilões da nossa saúde é um dos preferidos a nível mundial, mas você sabia que além de conter grandes quantidades de açúcar o refrigerante altera o metabolismo influenciando o ganho de peso?

Coluna. Como encontrar o amor da sua vida

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Por. Luzitânia Silva

Certamente, ao menos uma vezinha, você já almejou encontrar a metade da laranja. Talvez já tenha chorado até soluçar, pedindo pro Pai Celestial uma resolução imediata para sua carência e desalento nos dias tortuosos. Suspeito, inclusive que, após as bebedeiras com seus amigos, vendo inúmeros casais se formando enquanto se encontra sozinha, tenha se martirizado, metido o pé-na-jaca, cometendo loucuras inenarráveis e causadoras de arrependimentos, envergonhando-se de sair de casa ao menos nos próximos duzentos anos.

Se for supersticiosa, não tenho dúvidas acerca do sofrimento e afogamento do pobre Santo Antonio. Possivelmente já acendeu velas, ajoelhou-se no chão frio, fez até mandinga e o pior, depois de tudo isso, esperando um príncipe-encantado você só encontrou sapo que, mesmo beijando e tudo o mais, não houve jeito dele se transformar conforme descrito nos contos de fadas.

Entendendo o seu martírio e necessidade de encontrar esse tal amor intenso e verdadeiro que move montanhas, não poderia deixar de te dar algumas dicas infalíveis para a sua identificação. Sugiro que use sem moderação e complemente com outras que achar viável. São elas:

  • Valorize-se!

Cuide de sua aparência e de sua mente, invista na sua educação, pratique atividade físicas e não se contente com menos que você merece. Nunca abandone seus valores por ninguém.

  • Liberte-se!

Não se atente a conceitos e regras moralistas pré-estabelecidos que te fazem mal, tornando-te num ser estático e sem personalidade.

Se quiser dançar, dance! Vista aquela roupa amada que te orientam a não usá-la por conta do seu peso, sua altura ou porque não fica do mesmo modo que naquela modelo cheia de photoshop. Faça aquela tatuagem e corte ou tinja o cabelo daquele jeito que você sempre quis.

  • Curta-se!

Saia com pessoas queridas, divirta-se com seus amigos, entretanto não esqueça de aproveitar um momento só seu. Leia um livro, assista filmes, viaje sozinha ou fique fazendo nada. Se você não se suporta, dificilmente alguém te suportará.

  • Olhe-se no espelho!

É importante se amar, ter respeito por si mesmo e se apaixonar todos os dias por alguém que te compreenda e te aceite com suas particularidades, seus defeitos, seu temperamento, sua TPM infernal e tudo o mais que vem de você.

Vale a pena se olhar no espelho e ter a confirmação de que você é o amor da sua vida e não há ninguém mais importante pra você.

Se ame, mulher! Deixa o outro ser companhia não sua razão de existir.

Sobre a Colunista.

Assédio sexual: Piadinhas e cantadas também são violência

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Por.Rosemeire Cerqueira

Todos os dias, milhares de mulheres passam por situações extremamente desagradáveis, seja em seu ambiente de trabalho, nas ruas, na universidade, no transporte público, em sua própria casa ou até mesmo em  consultórios médicos.

O assédio sexual, de maneira especifica, é entendido como toda e qualquer conduta de natureza sexual não desejada, que mesmo repelida, é repetida continuamente, gerando constrangimento à pessoa assediada. Deste modo, não apenas o ato sexual em si é considerado assedio sexual, mas atitudes como cantadas, piadinhas e comentários constrangedores também podem ser considerados assédio sexual.

Elogio X Assédio

 

 As insistentes cantadas que acompanham as mulheres por quaisquer lugares que estejam passando é vista por muitos homens como elogios inofensivos, mas para as mulheres isso pode significar uma tortura diária.  O que difere o elogio do assédio é o respeito à mulher  e a consideração ao interesse dela na interação, ou seja, a reciprocidade.  O elogio tem o objetivo de agradar a mulher, já às cantadas e as piadinhas são um exercício do poder masculino, independe da vontade da mulher  e não leva em consideração se ela vai gostar ou não.

Coisas que deveriam ser banais como ir ao consultório médico, muitas vezes, podem se tornar prova de fogo para as mulheres. Pois, muitos profissionais agindo com extrema falta de ética utilizam-se  de um espaço que deveria ser usado para oferecer à mulher um atendimento digno e seguro para assedia-la  de maneira covarde, machista utilizando sua posição de poder para subjugá-la  em um momento em que ela já está fragilizada.

Coluna. POETA DO LIXO

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(À Profª Ana Carolina Cruz de Souza – UNEB)

 

Minhas rimas são pobres,

meus versos exalam cheiro de repulsa

 minhas estrofes são um amontoado de revoltas.

                     Reviro cada partícula, escavo cada centímetro,

busco uma gota de simetria.

Palmilho no caminho da incerteza,

 busco sobrevivência ao acaso

 meu grito ecoou, minhas mãos fragilizaram-se

   pareço estar abaixo do limbo,

vermes espertos querem engolir-me.

Meu céu está nebuloso, tosco, sem estrutura

agarro-me ao invisível, falo o indizível.

Sou poeta do silêncio!

Ninguém me vê, ninguém me ouve!

Como escreveu Clarice Lispector:

“Um feto jogado na lata do lixo embrulhado em um jornal”.

Sinto-me reciclada a cada quatro anos

recebo até um abraço fingido,

minhas lágrimas trazem ao palato

o sabor insulso dessa partícula atômica indissolúvel.

Ah! Sociedade artificial!

Experimento o mimetismo,

 minha razão recusa essa covardia.

Meus sonhos parecem estar afunilando

vejo armas perversas e egoístas

sendo apontadas em direção a minha cabeça

Atiro – me de joelhos, peço perdão pela minha franqueza

      desejo saltar com os olhos vedados na imensidão

modo suicida de não enfrentar o amanhã,

 não sei que futuro me espera.

Talvez a minha atitude pareça covarde

 medo me domina, castra os meus ideais,

deixa-me completamente inerte

muitos querem me ver assim… desejo da nata…

meus versos protestam, dizem NÃO!

 PTN NEWS 

Coluna. PARADOXO

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Por:  Marilene Oliveira de Andrade

Tão perto, tão distante

tão calma, tão atroz

sensível, embrutecida

às vezes forte, às vezes frágil

em algum momento amo intensamente

em outro, detesto ardentemente

me perco, me acho

seduzo e sou seduzida

canto e choro também

falo muito ou falo quase nada

abraço sem reserva, afasto sem piedade

ágil como uma corça

prudente como uma serpente

decidida, confusa

interessada, indiferente

delicada, selvagem

expansiva, tímida

feliz, padecente

livre,dependente

Afinal, quem eu sou de verdade?

Um pássaro que voa livre pelo infinito

Ou uma estrela presa no firmamento?

Coluna. O multiculturalismo e o ensino de línguas

 

 

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Foto: reprodução

Por. Eliane Cerqueira.

Vivemos em um contexto marcado pela multiplicidade de culturas e, por conseguinte, tem-se acentuado nos últimos anos os estudos que defendem o ensino-aprendizagem de línguas em uma abordagem intercultural em que língua e cultura são tidas como indissociáveis.

Na sociedade plural em que vivemos é inegável a necessidade de um ensino de idiomas que tenha alicerce intercultural e que trabalhe em prol da desconstrução de falsas crenças, de estereótipos culturais e de modelos de ensino que objetivem apenas oferecer aos alunos grupos de conteúdos gramaticais com pequena mostra cultural quase sempre impregnada de estereótipos.

É através do intercâmbio entre as culturas que as pessoas aprenderão umas com as outras no atual contexto marcado pelo desrespeito as diferenças e as singularidades próprias de cada ser humano.  Respeitar as formas de ver e perceber o mundo que é própria de cada individuo é imprescindível para  vislumbramos uma sociedade melhor com mais amor e menos guerra. Dessa maneira, utilizar as línguas estrangeiras como  instrumento para romper barreiras culturais e aproximar os povos do mundo torna-se um caminho possível para o diálogo entre o mosaico de culturas e diversidades existentes.

O ensino-aprendizagem de uma Língua Estrangeira pode se constituir em uma verdadeira reconstrução identitária, pois através da aproximação e do diálogo entre as culturas os aprendizes têm a oportunidade de melhor entendimento do seu “eu”. Construímos nossa identidade a partir da interação, do conhecer e compreender diferenças culturais que dialogam com a nossa própria cultura.

Dessa maneira, precisamos repensar o espaço que estamos destinando as línguas estrangeiras em nossas vidas, pois aprender um novo idioma vai muito além de aprender regras gramaticais isoladas, é a oportunidade de imergir na cultura do outro e poder compreender aspectos antes considerados “estranhos” quando na verdade são apenas diferenças normais quando o distinto se aproxima, pois a linguagem é o fato social e é através do contato, da interação que ocorrerá a comunicação e falantes e ouvintes poderão se entender através de uma ação conjunta.

PTN NEWS

Coluna. Comunicação de massa: Informação, manipulação e formação de opinião.

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Foto: Reprodução

Por. Rosemeire Cerqueira

Os meios de comunicação de massa como a internet, a televisão,  o rádio, o jornal, entre outros,  estão praticamente dentro de todos os lares e têm o  grande  poder de influenciar a sociedade moderna, sendo eles responsáveis pela formação de opiniões e até de ideologias. São eles que decidem quais temas devem ou não serem discutidos na esfera pública, inclusive, impondo suas versões como verdades absolutas, fazendo muitos acreditarem no que escutam, veem e leem sem ao menos questionar a veracidade da informação. Mas, como já diz o velho provérbio popular “Quem conta um conto aumenta um ponto”.

Ninguém nasce com pensamento  pronto, nossas ações são aprendidas e elas refletem ideias e valores que nos foram ensinados por distintas pessoas, de diferentes formas e meios.

Nossa sociedade capitalista, acompanhada pelos meios de comunicação, cria modelos padronizados de desejos, comportamentos, ideias e valores que são incorporados, naturalizados e reproduzidos   pela população como se fossem seus.

E é assim, que, desde a mais terna infância, aprendemos a consumir de tudo, desde ideias ( os bens simbólicos) até  produtos (os bens materiais). Basta abrir os jornais, as revistas, etc. Para encontrarmos um manual pronto a ser seguido. Nele podem ser encontrados  modelos de beleza, tendências a serem seguidas e informações ( muitas vezes manipuladas de acordo as conveniências). Já para quem não é muito adepto à leitura desse gênero só precisa ligar a TV para ter acesso a um verdadeiro “arsenal” de diversão e informação sentado no sofá de sua sala. Porém, ao ligarmos a TV, de certo modo, também estamos ligando uma fábrica de ideias, estereótipos e manipulações.

As novelas exibidas diariamente apresentam tramas e situações em que valorizam a inversão de valores e,  nesse cenário novelesco,  traição, mentira, roubo, vingança, assassinato e ódio são tratados como algo natural.  São essas mesmas novelas as responsáveis por criar e transmitir valores aos jovens. Fico me perguntando: Que valores são esses que nossos jovens estão aprendendo?

Versificando a vida

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                         Foto reprodução

Por:  Marilene Oliveira de Andrade

Viver vagando,

Viajando velozmente,

Vendo vidas vertiginosas,

 Valores varridos, vulgaridade,

Verdade vetada, vitórias vendidas,

Vencedores vencidos,

 Vidas versadas, vilãs veem vantagens,

Vagabundos violam,

Velhice vulnerável,

Vergonha ver vidas violentadas,

Vândalos vangloriam-se vergonhosamente.

Vida? Vida!  Vida.

˙ɐpıʌ ¡ɐpıʌ ¿ɐpıʌ

Vingança venal,

Vampiros vigam-se, vadios vultuosos,

 Vaidade vazia, vexame vergonhoso,

Vozes voam, vocábulos vazios vomitados,

Verdadeira verborragia.

PTN NEWS