Um perito contratado pela família da adolescente Hyara Flor, de 14 anos, contesta a versão apresentada pela Polícia Civil da Bahia, em agosto deste ano. O inquérito concluiu que o disparo que matou a vítima foi feito de forma acidental pelo cunhado dela, uma criança de nove 9 anos, enquanto os dois brincavam com uma arma de fogo.
O laudo, assinado pelo perito forense Eduardo Lianos, profissional de São Paulo, com 30 anos de experiência na área, aponta que uma pistola calibre .380 não pode ter sido disparada por uma criança de 9 anos.
“A arma não é adequada para o uso de crianças. O gatilho é muito pesado e exige muita força para ser acionado. Além disso, a criança precisaria ter conhecimento e habilidade para manipular o armamento”, afirmou Lianos.
O perito também questionou o depoimento do cunhado de Hyara, que afirmou que a vítima teria manipulado a pistola e colocado nas próprias mãos para apontar na direção dele e simular um assalto, durante uma brincadeira.