
A orla de Santos virou a pista de corrida de Acelino “Popó” Freitas. Todos os dias, nas últimas semanas, o baiano se exercitou por ali, na luta para entrar em forma. O desafio é grande. Aos 39 anos, o ex-campeão mundial dos superpenas e leves volta a lutar após três anos afastado dos ringues. O adversário, neste sábado, é o argentino Mateo Damián Verón. “El Chino” não tem um cartel que se possa chamar de assustador. Soma 21 vitórias, 16 derrotas, dois empates, mas é 13 anos mais novo do que o adversário e está em plena atividade – já fez três combates em 2015. Além disso, perdeu apenas nos pontos para Patrick Teixeira, nome promissor do boxe brasileiro.
Mas por que Popó, que já havia se aposentado em 2007 e voltou para fazer apenas uma luta, em 2012, vai dar de novo a cara a bater, literalmente? Brincando, o baiano diz que queria voltar a entrar em forma. “Eu estava muito gordo, queria perder uns quilos”. Em seguida, mais sério, repete o discurso que apresenta em todas as entrevistas. “Quero voltar porque o boxe não parou comigo. Não saí por causa de lesão. Parei porque meu corpo estava cansado, depois de 25 anos de carreira. Quando a gente gosta do esporte, e ele nos traz benefícios, sente-se a vontade de voltar”.