Uma pesquisa inédita do Sebrae Bahia, realizada entre os dias 31 de julho e 23 de agosto, com 332 empreendedores na Bahia, revelou que o afroempreendedorismo no estado é majoritariamente feminino, com 54% de mulheres, e tem renda baixa, com 79% dos empreendedores faturando até 4 salários mínimos.
Os dados também mostram que 87% dos afroempreendedores atuam nos setores de comércio e serviços e que a principal dificuldade para empreender é o acesso a crédito e financiamento, apontado por 79% dos entrevistados.
A pesquisa destaca ainda que a busca por autonomia e independência é a principal motivação das mulheres negras para empreender, apontada por 64% das entrevistadas.
Afroempreendedorismo feminino
Um dos destaques da pesquisa é a presença feminina no afroempreendedorismo. As mulheres negras são maioria, mas enfrentam muitos desafios na hora de empreender.
A pouca oferta de investimentos, o acesso limitado a recursos financeiros e a ausência de mentoria e apoio adequados são as principais dificuldades enfrentadas pelas empreendedoras.
A microempreendedora individual Débora Santos de Almeida é um exemplo dessa realidade. Há dois anos, por necessidade, ela precisou iniciar um negócio próprio. Com apenas R$ 25 na conta, ela começou a produzir e vender churros. Hoje, Débora está com o negócio em crescimento, mas encontra ainda dificuldades para obter financiamento.
Empreender tem poder
Débora Santos é também uma das empreendedoras em destaque na campanha do Sebrae Bahia “Empreender tem poder”. O foco é orientar as empresárias baianas e combater a discriminação, promovendo a diversidade e inclusão.
A campanha dá voz a histórias das empreendedoras Débora, Najara Black e Geo Nunes, que contam suas trajetórias inspiradoras nos negócios. Enquanto tiveram que enfrentar o preconceito, as empresárias criaram negócios prósperos e voltados ao antirracismo.
