Foi apresentado nesta quarta-feira (22) ao delegado Alisson Carvalho, titular da 2ª Delegacia Territorial, pelo advogado Guga Leal, um dos suspeitos de participar da entrega de bebida alcoólica para o catador de material reciclável, Wellington Cardoso da Silva, de 39 anos, que morreu no dia 8 de janeiro, na policlínica do George Américo.
Segundo o advogado Guga Leal, o suspeito se identificou como a pessoa que teria oferecido a quantia de R$ 20 ao catador de material reciclável para que o mesmo ingerisse uma bebida alcoólica conhecida como “Camelinho”.
“Ele alega que estavam todos na praça do Sítio Novo, como de costume, e a pessoa que veio a óbito sempre pedia dinheiro para tomar alguma cachaça, porém ele só tinha R$ 50,00 e como essas pessoas sempre ajudam ele fazendo favores, ele comprou a cachaça e disse: ‘se você tomar toda, lhe dou R$ 20,00’ em tom de brincadeira, mas infelizmente o rapaz tomou toda a cachaça e depois de duas horas passou mal, sendo levado para a policlínica do George Américo, mas veio a óbito”.
Ainda segundo Guga Leal, o homem que ofereceu a bebida alcoólica, não teve contato com a família de Wellington até o momento, mas está a disposição para contribuir nas investigações e afirmou que foi a primeira vez que ofereceu a bebida em troca dos R$ 20,00.
O titular da 2ª DT, Alisson Carvalho, em entrevista ao Acorda Cidade, informou que a identificação foi feita através das investigações realizadas.
“Este rapaz foi apresentado aqui com seus advogados, onde foi ouvido e confirmou toda a situação que já havia sido vista por nós, através dos vídeos. Ele explicou que é rotineiro algumas pessoas ficarem na praça ingerindo bebida alcoólica e que inicialmente em um tom de brincadeira ofereceu R$ 20, caso Wellington conseguisse ingerir toda a bebida de uma só vez, uma brincadeira que terminou com a vida do mesmo”.
O delegado Alisson Carvalho explicou que está no aguardo da resposta do laudo, mas afirmou que ainda não se pode confirmar se houve intenção de matar Wellington Cardoso.
“Até este momento, não houve a intenção, mas não podemos descartar a possibilidade de chegar a um homicídio doloso, não podemos prevê aquilo que ainda vai chegar no laudo, mas suponhamos que a bebida estava misturada com outra substância, caso tenhamos esse tipo de resposta no laudo, podemos entender que foi um homicídio doloso”.
Ainda segundo o delegado, Wellington já estava fazendo o uso de bebidas alcoólicas desde cedo com outras pessoas, o que era rotineiro. (Acorda Cidade)