O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) defendeu a ruptura do partido com o PMDB. Em discurso no plenário da Câmara, o petista aconselhou a presidente Dilma Rousseff a romper aliança com os peemedebistas e, inclusive, conversar com o ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT), sobre a experiência de rompimento com o PMDB baiano na época em que foi governador. “Sabe o resultado? Houve um rearranjo das forças políticas e, no fim, terminamos com uma base governista mais fiel e coerente. Já o PMDB minguou. Hoje o principal líder do partido na Bahia, Geddel Vieira Lima, virou coadjuvante da oposição, perdeu as duas últimas eleições e todo mundo pulou do barco, foi embora”, disparou.
A postura de Solla é reflexoda postura de líderes do PMDB, na contramão das articulações realizadas por membros do governo, na votação da redução da maioridade penal. “Estava em curso uma negociação com o PSDB para uma proposta alternativa à redução da maioridade penal, que poderia ter dado bons frutos, mas o presidente Eduardo Cunha entrou em cena, ameaçou o PSDB e trouxe os tucanos na gaiola para uma posição mais retrógrada, mais prejudicial à sociedade. Até o PDT, que em seu programa de televisão defendia a manutenção da maioridade aos 18 anos, depois da pressão do PMDB mudou de postura”, disse o parlamentar baiano.
Apesar de o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, ser do PMDB, Solla vê o partido como “principal adversário do governo”, por trabalhar “dia e noite para boicotar e para constranger o governo e para atacar o Partido dos Trabalhadores”. O petista aproveitou o espaço para criticar os trabalhos da CPI da Petrobas na Casa, que até o momento não ouviu os operadores do PMDB no esquema da Lava Jato, como o executivo Júlio Camargo, o policial Jayme Careca e o executivo da Camargo Correia, Pietro Bianchi. Solla destacou ser “contraproducente” a permanência de peemedebistas em cargos no primeiro escalão do governo. ( Bahia Notícias)