Se for comigo, vai perder outra vez”, diz Lula sobre a possibilidade de enfrentar Bolsonaro em 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta quarta-feira (5), que, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consiga reverter sua inelegibilidade e disputar as eleições, ele será derrotado novamente. A afirmação foi feita durante uma entrevista a rádios de Minas Gerais.

“Se a Justiça entender que ele [Bolsonaro] pode concorrer às eleições, ele pode concorrer… e se por mim, vai perder outra vez. Se por mim, vai perder outra vez!” , disse Lula.

A declaração ocorre em meio a movimentações de oposição para tentar modificar a Lei da Ficha Limpa e viabilizar uma possível candidatura de Bolsonaro. Um projeto de lei complementar (PLP), de autoria do deputado Bibo Nunes (PL-RS) , propõe a redução do período de inelegibilidade de oito para dois anos, o que abriria caminho para que o ex-presidente volte a disputar cargos públicos em breve.

Em junho de 2023 , o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou Jair Bolsonaro inelegível por oito anos , sob uma justificativa de abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. O julgamento teve como base a reunião realizada em julho de 2022 , quando Bolsonaro convocou embaixadores para questionar, sem apresentar provas, a segurança do sistema eleitoral brasileiro.

Além disso, em outubro de 2023 , o ex-presidente foi novamente considerado inelegível pelo TSE, desta vez por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência , em 7 de setembro de 2022 , período que coincidiu com a campanha eleitoral.

Durante uma entrevista, Lula também criticou Bolsonaro e afirmou que o ex-presidente tentou dar um golpe de Estado para se manter no poder.

“Eles planejaram dar um golpe, anunciaram e prepararam a morte do presidente da República, do vice-presidente e do presidente do TSE, e ainda acham que são inocentes? Olha, não faz sentido. Eles que pagaram pelas mazelas que cometeram. Se forem inocentes, serão absolvidos; se forem culpados, serão punidos. É isso que vai acontecer” , afirmou o presidente.