RODÍZIO DE CADEIRAS: EM PERNAMBUÉS, CRIANÇAS TEM QUE REVEZAR ASSENTOS PARA ASSISTIR AULAS

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‘Quem vai para escola num dia, tem que ficar em casa no outro’, diz mãe de aluno. No colégio também faltam livros e professores
A situação tem deixado a dona de casa, Ivania Santos bastante preocupada. Moradora do bairro de Pernambués, ela entrou em contato com um site de Salvador  para denunciar as condições precárias da Escola Municipal Frei Leonidas Menezes que atende as crianças da região.
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Mãe do Érico, de apenas 9 anos, ela vê o sonho da formação do filho ir por água abaixo, isso porque a criança vem passando por sérios problemas no colégio onde estuda.

“Na escola não há cadeiras para todas as crianças. Por causa disso, meu filho tem que fazer rodízio com os alunos para assistir aula. Um dia a turma dele fica em casa, no outro vai para o colégio”, relatou ao VN.
Sem saber o que fazer, Ivania disse que já procurou a escola para conversar, mas até agora nada foi resolvido e as crianças têm que continuar se submetendo a essa situação. Se esse problema é grave, a mãe fala de outros ainda piores.
“Os alunos não tem livro. Meu filho não recebeu um único livro. Como pode uma criança não ter cadeira para sentar ? Não ter livro? Isso é um absurdo! ”, ressaltou.
Ela ainda fala sobre a falta de professores: “Têm duas professoras lá que estão de licença e as turmas sem aula, porque não tem quem substitua. Tem professor que para fazer a prova tem que pagar do próprio bolso, porque a impressora está quebrada. As merendeiras também estão com o salário atrasado”, contou.
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Nossa equipe entrou em contato com a Secretária de Educação Município para saber sobre os problemas apontados. A assessoria informou que novos móveis já estão sendo distribuídos na rede e que a escola está na lista das unidades para reposição. Enquanto os móveis não chegam, será avaliado um remanejamento com unidades que estejam com sobra.
Quanto aos professores, A SMED diz que um já foi encaminhado e outro deverá ser ainda esta semana. Já em relação às merendeiras, o órgão esclarece que não há justificativa para atraso de salário das profissionais que são terceirizadas e todas as empresas vinculadas a Secretaria já receberam o pagamento.
A SMED ainda comunicou que os técnicos vão avaliar a questão da impressora. No que diz respeito aos livros, foi solicitado ao Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) a complementação da reserva técnica, mas segundo técnicos do MEC, a previsão é de que a complementação da reserva técnica da rede municipal de Salvador só seja realizada a partir do mês de junho.