RIFEIROS E POLICIAIS: 22 presos e grupo movimentou R$680 milhões com rifas ilegais

A Polícia Civil da Bahia cumpriu 22 mandados de prisões preventivas, incluindo cinco policiais militares, além de 30 mandados de busca e apreensão e seis medidas cautelares diversas da prisão, durante a Operação Falsas Promessas 2, deflagrada na manhã desta quarta-feira (9). A ofensiva tem como alvo uma organização criminosa especializada em rifas ilegais e lavagem de dinheiro.

Conforme apuração do Informe Baiano, entre os detidos estão: Nanan Premiações, Gabriela Silva, Ramhon Dias, Franklin Reis, Jhones Rifas e Alexandre Tchaca Tchaca.

Entre os presos estão quatro investigados identificados como lideranças da organização criminosa, localizados nos municípios de Vera Cruz, Juazeiro e na Região Metropolitana de Salvador, além de um integrante capturado no estado de São Paulo. Eles exerciam papel central no planejamento e coordenação das atividades ilícitas do grupo em diferentes áreas.

Com forte presença em Salvador e RMS, São Felipe, Vera Cruz, Juazeiro e Nazaré, o grupo operava por meio de uma estrutura sofisticada de transações financeiras, utilizando empresas de fachada e pessoas interpostas para disfarçar a origem dos valores obtidos ilegalmente.

As investigações apontam que policiais militares da ativa e ex-PMs faziam parte do esquema, oferecendo proteção, fornecendo informações privilegiadas e, em alguns casos, atuando diretamente como operadores das rifas fraudulentas.

O grupo utilizava redes sociais para divulgar rifas de centavos com prêmios de alto valor, como veículos de luxo, e atraía um grande número de participantes. No entanto, os sorteios eram manipulados e os prêmios frequentemente entregues a integrantes da própria organização, com o objetivo de legitimar o esquema e ampliar os lucros.

Fotos: divulgação e redes sociais/Informe Baiano