Levar o vírus para a família é um dos principais medos enfrentados pela categoria
O COVID-19 já infectou cerca de 8.433 pessoas na Bahia, segundo dados divulgado pela Secretária de Saúde do Estado (SESAB), sendo que só na capital baiana o número de casos confirmados chega à 4.843.
Os profissionais da área de saúde fazem parte do grupo que compõe a linha de frente nesse momento de pandemia do novo coronavírus, e muitos deles estão dobrando sua carga horária para atender o maior número de infectados possíveis. Entretanto, é perceptível que muitos ainda não entendem a gravidade da situação e o quão expostos ao vírus estão esses profissionais.
São inúmeros pacientes que se contaminam com o vírus e em alguns casos chegam a óbito, não só por fazer parte do grupo de risco.
Dr. Muryllo de Brito Santos Neto, cirurgião no Hospital Geral das Clínicas, além de urologista no Hospital Naval de Salvador, atualmente trabalhando na linha de frente da emergência dos hospitais citados e que estão com direcionamento para tratamento de pacientes com covid-19 afirma que existe um medo que o sistema de saúde entre em colapso.
“Com certeza o medo que tal velocidade crescente gere um colapso no sistema de saúde e que não tenhamos vagas disponíveis para dar assistência a todos ou que tenhamos que fazer escolhas sobre quem deve viver ou morrer. Nada pode ser pior para um profissional de saúde do que algo do tipo”, afirmou Dr Muryllo
O médico diz que existe um crescente aumento no número de internamentos e que as enfermarias e UTIs estão cheias, porém ainda não estão lotadas. No momento, não tem pacientes internados dentro da emergência, o que seria diferente num caso de colapso.
Sabe-se que para ser um profissional da área de saúde requer um preparo psicológico muito grande, principalmente para enfrentar momentos como esse. E é evidente o impacto negativo que a pandemia tem causado, principalmente pelo número de óbitos entre os profissionais da área. Ele afirma que o medo da contaminação é o de levar o vírus para o seio familiar permeia o consciente e o inconsciente de todos. Fora a pressão que é muito grande, porque diariamente estão enfrentando situações que requer atitudes assertivas, sem espaço para pequenos erros.
Visando a segurança, nesse momento os hospitais possuem áreas de acesso e atendimentos isolados para pacientes com sintomas respiratórios. Além disso o rigor com EPI´s tem sido reforçado, sempre com treinamentos de como usa-los.
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