Preço do níquel dispara e bate recorde com guerra na Ucrânia

A guerra na Ucrânia continua trazendo resultados inesperados para o mundo. Após o preço do barril do petróleo subir (e continuar subindo), com a Rússia ameaçando vender o barril a US$ 300, ou R$ 1.500, agora é a vez do níquel chegar às manchetes do mundo.

O preço da commodity quadruplicou nas últimas semanas. A tonelada do minério, que antes era negociada a US$ 25 mil, ou R$ 127,2 mil na cotação atual, passou a ser vendida a US$ 100 mil, ou R$ 509 mil. De segunda para terça o reajuste foi de 111%.

A Rússia é o maior produtor de níquel do mundo, e a empresa baseada em Moscou, Norisk Nickel, ou Nornickel, é a maior produtora do níquel com qualidade alta o suficiente para ser utilizado em baterias. Cerca de 15% a 20% deste vem desta empresa russa.

Já era previsto que a demanda pelo material de alta qualidade fosse superar a oferta neste ano devido à crescente popularidade dos veículos elétricos. O Goldman Sachs, por exemplo, previu que o mercado teria um déficit de 30 mil toneladas em 2022. Com o conflito armado e as sanções à Rússia, o mercado entrou em caos devido às preocupações com o fornecimento mundial.

Níquel no Brasil

No Brasil, a Atlantic Nickel, localizada no município de Itagibá, é única empresa produtora de níquel sulfetado no país. O total de comercializações em 2021 chegou a 110.409,75 toneladas, representando um resultado de produção da Mina Santa Rita expressivamente superior a 2020, quando a companhia exportou 67,7 mil toneladas de concentrado de níquel. O mineral extraído do solo itagibense  é exportado para todo o mundo. (Giro Ipiaú)