A Polícia Rodoviária Federal (PRF) solicitou a demissão do policial Ronaldo Bandeira, servidor da PRF em Santa Catarina, ao Ministério da Justiça.
O pedido foi feito após a abertura de um processo administrativo disciplinar (PAD) contra Bandeira, devido à divulgação de um vídeo no qual o policial, que também é professor em um cursinho, ensina os alunos a criar uma “câmara de gás” em uma viatura.
O método descrito por Bandeira é semelhante ao ocorrido no caso de Genivaldo Santos, no qual policiais da PRF em Sergipe asfixiaram um homem até a morte ao prendê-lo em uma viatura cheia de gás lacrimogêneo em 2022.
No vídeo que se tornou viral nas redes sociais, Ronaldo Bandeira está em uma sala de aula contando sobre o uso desse procedimento durante uma abordagem, em conjunto com outros policiais. Ele relata:
“Estávamos na parte de trás da viatura, ele tentou quebrar o vidro com chutes. Ele continuou batendo o tempo todo”. Em seguida, Bandeira descreve que a polícia abriu o porta-malas e aplicou spray de pimenta no camburão, afirmando que a pessoa ficou calma. Ele então ouviu a pessoa dizer: “Vou morrer! Vou morrer”. Bandeira afirma ter sentido pena e ter dito: “Tortura!”, antes de fechar novamente o porta-malas, rindo. Ele conclui dizendo: “Sacanagem, fiz isso”.