A Polícia Civil apura se o pediatra morto a tiros há dois dias, dentro de um consultório, em Barra, oeste da Bahia, foi assassinado após alertar uma família sobre uma criança atendida por ele, que apresentou sinais de abuso sexual. O caso teria ocorrido no ano de 2016, no município de Buritirama, que fica na mesma região.
O delegado titular de Barra, Jenivaldo Rodrigues, responsável pelas investigações do crime, disse que foi informado sobre a situação pelos parentes do pediatra. O irmão dele também falou sobe o caso com a reportagem do G1, na sexta-feira (24). A partir disso, a polícia vai investigar se a morte foi causada por vingança.
Segundo o delegado, na época em que o caso ocorreu em Buritirama, Júlio César não procurou a polícia para prestar queixa sobre possíveis ameaças que teria recebido. Agora, a polícia deve procurar pela família da criança que teria sofrido o abuso há cinco anos.
Dois homens são suspeitos de participação no crime, mas eles ainda não foram identificados pela polícia. Um é o atirador, que invadiu o local, e o outro é o motociclista que levou o atirador ao local em uma moto e prestou fuga no mesmo veículo.
O pediatra atendia em pelo menos cinco cidades da região, além do Hospital Roberto Santos, na capital baiana. “Ele sempre foi um cara longe de desavenças, de confusões, sempre foi unanimidade na cidade, sempre foi um cara solícito, profissional, um cidadão que sempre se deu bem com todos”, disse o irmão da vítima. *Com informações do G1