Polícia apreende R$ 128 mil e US$ 31 mil em notas falsas com influenciadores “que criavam falsa riqueza”

A Polícia Civil de Mato Grosso apreendeu R$ 128 mil e US$ 31 mil em notas falsas durante a operação 777, deflagrada em novembro para investigar influenciadores digitais envolvidos na promoção de jogos de azar online, conhecidos como “Jogo do Tigrinho”, e rifas ilegais nas redes sociais. A ação foi conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e resultou na prisão de seis influenciadores.

Entre os itens apreendidos estavam aproximadamente mil cédulas falsas de R$ 100 e R$ 200, além de mais de 300 notas de US$ 100. Também foram encontrados correntes e pingentes dourados que aparentavam ser de ouro, mas exames realizados em uma joalheria de Cuiabá comprovaram que o material não era precioso. Segundo as investigações, os objetos e o dinheiro falso eram utilizados pelos investigados para criar uma falsa aparência de luxo e riqueza, atraindo seguidores ao convencer que seu estilo de vida era financiado por ganhos obtidos em apostas ilegais.

Fraude nas plataformas de jogos

A polícia também apura a possibilidade de os influenciadores simularem apostas em versões demonstrativas das plataformas, que eram programadas para garantir vitórias frequentes, inclusive com valores elevados a partir de apostas baixas. A intenção seria induzir os seguidores a acreditar na facilidade de obter lucro por meio das plataformas de jogos.

Medidas judiciais e novas investigações

Por determinação do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá, os perfis dos investigados nas redes sociais Instagram e Facebook foram bloqueados. Eles também estão proibidos de deixar o país ou promover jogos de azar ilegais. O descumprimento dessas ordens pode levar à decretação de prisão preventiva.

As investigações ainda envolvem as mães de três influenciadores, suspeitas de participarem de lavagem de dinheiro. Todo o material apreendido passará por perícia e, caso as notas falsas tenham sido utilizadas como verdadeiras, os suspeitos podem responder pelo crime de moeda falsa.