Apesar da quantidade enorme de pessoas afetadas e dos diversos estudos sobre a ansiedade, transtorno ainda é um grande desafio para especialistas.
A ansiedade é comum a todos.
“É uma sensação difusa de desconforto, um desagradável sentimento de apreensão frequentemente acompanhado por tensão, antecipação de cenários de riscos, muitas vezes irreais, e diferentes manifestações físicas”, explica a psiquiatra Gabriela Bezerra de Menezes, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
É como um sinal de alerta do corpo diante do perigo.
A ansiedade é uma das principais causas de afastamento do trabalho ao redor do planeta. E pelo menos um terço da população mundial será afetada por ela ao longo da vida, incluindo crianças e adolescentes.
Segundo pesquisa do instituto Ipsos, a pandemia de coronavírus levou à piora da saúde mental de quase metade dos adultos de 30 países, incluindo o Brasil.
Mas em que momento a “primeira” ansiedade, como a preocupação, o medo ou o desconforto às vésperas de um acontecimento importante, se transforma na “segunda” ansiedade, ou melhor, num problema de saúde que afeta tanto a vida que muitos se sentem paralisados a ponto de não conseguir trabalhar?
Em geral, é quando essa resposta natural a ameaças ou incertezas se torna intensa ou frequente demais, e resulta em transtornos de saúde mental com sintomas como enjoo, falta de ar, perda de apetite, insônia, tontura, sudorese, fadiga, dor de estômago, batimento cardíaco acelerado e incapacidade de encontrar pessoas ou sair de casa.
Especialistas ainda não sabem direito as causas disso tudo, mas eles já têm algumas respostas sobre o momento indicado para procurar ajuda, os gatilhos mais comuns, os tratamentos mais eficazes e a forte ligação dos transtornos de ansiedade com outras doenças.