A Bahia registrou um aumento de 71% no número de transplantes realizados no Sistema Único de Saúde (SUS), se comparado ao primeiro quadrimestre do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Este ano, foram realizados 166 transplantes, contra 97 cirurgias em 2011. Os órgãos que mais contribuíram para ampliar o número de transplantes no estado nesse período foram os de córnea e rim, com índices de crescimento de 57,8% e 21%, respectivamente.
O estado apresenta 7,7 doadores por milhão de habitantes. Já o Brasil, bateu recorde ao registrar 13,6 doadores por milhão de habitantes já no primeiro quadrimestre do ano, meta que era prevista para 2013. A nova meta do Ministério da Saúde é chegar a 15 doadores/por milhão em 2015.
O médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, aponta que o número de doações ainda é muito baixo no estado, em decorrência, principalmente, do elevado índice de negativa familiar – cerca de 50% das famílias de potenciais doadores não autorizam a doação. O médico revela ainda que a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) tem feito diversos investimentos para ampliar o número de doações e transplantes de órgãos, entre eles a promoção de cursos de capacitação para profissionais de saúde e a promoção de ações educativas junto à população em geral.
O estado conta atualmente com 36 equipes de transplantes, uma central de transplantes e sete Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). Em todo o país, a melhoria da infra-estrutura – principalmente a capacitação de equipes para o contato com as famílias dos possíveis doadores -, incentivo financeiro aos hospitais e a sensibilização da população por meio de campanhas anuais de incentivo à doação de órgãos e tecidos, tem demonstrado ser uma estratégia eficiente para ampliar as doações e transplantes.
No ano passado, o Brasil contabilizou 2.048 doadores de órgãos. No primeiro quadrimestre de 2012, o país registrou aumento de 29% no número de doadores (726), comparado ao mesmo período do ano passado (564). Na Bahia, entre os meses de janeiro e abril, foram registradas 31 doações de múltiplos órgãos e 31 de córneas.
Ascom/Sesab
Central de transplantes/aumenta
O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) dará aumento a 491 mil segurados que recebem benefício por incapacidade –como a aposentadoria por invalidez ou o auxílio-doença– ou por pensão por morte originado entre 1999 e 2009. O acordo foi fechado nesta quinta-feira. O reajuste será pago com o benefício de janeiro e deverá ter um impacto mensal de R$ 56 milhões –cerca de R$ 728 milhões por ano, considerando o 13º salário– nas contas da Previdência Social. Além disso, o INSS irá pagar os atrasados para 2,296 milhões de segurados que já receberam o benefício, mas tiveram o pagamento cancelado –é o caso, por exemplo, de quem recebeu o auxílio-doença por um período e já voltou ao trabalho. Os atrasados serão referentes aos valores que deixaram de ser pagos nos últimos cinco anos, contados a partir da citação do instituto na ação que deu origem à revisão. Esses pagamentos extras serão feitos até 2022. Apenas com os atrasados, o INSS estima gastos de R$ 7,7 bilhões nos próximos dez anos. 
