PREFEITURA PAGA ABONO DE FÉRIAS ATRASADO DOS PROFESSORES

O pagamento antecipado da folha de janeiro para os 1.408 funcionários do Programa de Saúde da Família (PSF) com vínculo TAC e Reda em Salvador estará na conta nesta terça-feira, dia 29. A antecipação foi determinada pelo prefeito ACM Neto com o objetivo de aliviar os transtornos causados pelo não pagamento da folha de dezembro, compromisso não honrado pela gestão passada. Nesta segunda-feira (28), o prefeito determinou ainda o pagamento do abono de férias aos professores da rede pública, outro compromisso não honrado pela administração passada.
No caso da educação, ACM Neto pediu ainda à Secretaria Municipal da Fazenda o pagamento dos salários atrasados dos trabalhadores terceirizados, que deverá ser efetuado na semana do início das aulas do ano letivo. “Estamos fazendo um esforço muito grande para atender aos trabalhadores da área da Educação, tendo em vista a grave situação financeira por que passa a prefeitura”, disse o prefeito.

Saúde – Sobre o pagamento de dezembro dos servidores do Programa de Saúde da Família (PSF), que está atrasado porque a gestão passada não deixou dinheiro em caixa, o secretário municipal da Gestão, Alexandre Pauperio, informou que a prefeitura estuda uma solução definitiva para o problema. “Até dia 31, a gente vai levantar todas as dívidas da prefeitura de Salvador e, a partir daí, vamos estabelecer um cronograma de pagamento de todos os débitos”, ressaltou.

Alexandre Pauperio acrescentou que a regularização dos salários atrasados dos trabalhadores que prestam serviço para a prefeitura, incluindo outras categorias, é prioridade

GOV. MANGABEIRA: PRESIDENTE DA CÂMARA REDUZ SALÁRIO DOS VEREADORES

O presidente da Câmara de Vereadores, o advogado Edgar Henrique  (PTB), resolveu  reduzir os subsídios dos  edis,  aprovados em 2012. Os valores de R$ 5.400 ( Cinco mil e quatrocentos reais) estabelecido na  gestão do ex-presidente, atual vereador Albano Fonseca ( PDT), foram reduzidos para as  R$ 3.715 ( Três mil setecentos e quinze reais e vinte e dois  centavos). De acordo com o parlamentar, em entrevista a rádio local, a média  serve para não comprometer as finanças da Casa Legislativa.  “Os vereadores  da gestão passada,  aumentaram os salários, porém  os números de cadeiras passaram de nove pra onze.
 A folha de vereadores pulou de  R$ 32.000.00, para R$ 59.000.00 mil reais, e não contabilizo neste momento nem os funcionários, pois a gestão anterior trabalhava com  onze, atualmente não  chegam  a seis o número de contratados. Se mantivesse esse teto salarial, ultrapassaria os limite com gasto e minhas Contas seriam rejeitadas. Os vereadores passados agiram de forma irresponsável com o dinheiro público e  falo sem medo de nenhum deles.  A culpa maior é do ex-presidente da Câmara, pois cabe ao presidente colocar os projetos em votações e submetê-los  ao crivo da comissão de finanças.  Pergunto: Onde estava a comissão de finanças que não  realizou o projeto de lei que autorizava o reajuste , para analisar se haveria possibilidade  de viabilidade  financeira  para tal medida?”   No início do ano, o vereador foi  eleito presidente com seis votos, oriundos da sua bancada.  Na época, a oposição que não apresentou chapa, abstiveram seus votos.
 Voz da Bahia 

CHUVA ELEVA NÍVEL DA BARRAGEM QUE ABASTECE JAGUAQUARA

A chuva que caiu em Jaguaquara nos últimos dias aliviou a situação da ‘Barragem do Baixão, uma das que abastecem a cidade e que fica localizada há cerca de 14 Km da sede do município.


Responsável por grande parte do abastecimento à população jaguaquarense, a Barragem do Baixão, que já esteve 2 metros abaixo do nível normal, teve um aumento do nível, e está com 3 metros, o que é considerado ideal pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento.


O outro reservatório que abastece o município, o Rio das Almas, também apresenta elevação no nível, e a situação está normalizada.



Ainda assim, o “uso racional” da água no município segue valendo, e os jaguaquarenses devem economizar água potável.


Na tarde deste domingo (27), moradores comemoravam o resultado positivo das chuvas e demonstravam-se contentes ao ver a barragem cheia.


O único questionamento agora é sobre a limpeza do reservatório que a Embasa não realizou. Muitos temem que a sujeira comprometa a qualidade do líquido precioso.

Fonte: Blog do Marcos Frahm / Foto: Sílvio Senna 

VALENÇA: EVENTO BENEFICENTE EM SERRA GRANDE ARRECADA MAIS DE 2 MIL REAIS

                                                   Time Campeão(Bahia)
Foi realizado neste Domingo (27) por volta das 16:00 hrs o segundo amistoso beneficente onde torcedores do Bahia e do vitória montaram times para realizar a partida no Distrito de serra grande – Valença, o time do Bahia foi o campeão com o resultado de 2×1, logo após o amistoso foi realizado um leilão também beneficente para ajuda o Sr°.Nilo Firmino que sofreu um acidente de moto e quebrou a clavícula e esta impossibilitado de trabalhar, toda a organização do evento foi realizada por familiares e amigos onde foram arrecadado 2.293,05(Dois mil duzentos e noventa e três reais e cinco centavos).
Vice-Campeão (Vitória)
O VICE – PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES CARENTE DE SERRA GRANDE  Juarez de Sousa agradece a todos os moradores da região e a todos o que ajudaram no evento beneficente, agradecendo também a Nativa FM e ao PTNNEWS por esta sempre nos ajudando nessa parceria, e que no próximo dia 10/02 terá outro evento beneficente em prol do Sr. conhecido por Mané veneno.
“Disse Jesus: “Amai o vosso próximo como a vós mesmos
PTNNEWS – Nem mais nem Menos – Na Medida

PRESIDENTE TANCREDO NEVES- HOMEM É ASSINADO EM ZONA RURAL DO MUNICÍPIO

Na manhã de hoje foi encontrado morto RAILTON CONCEIÇÃO DA SILVA vulgo “TIM” de 37 anos, assinado com um tiro nas costas supostamente de espingarda cartucheira  no Tabuleiro de corte de pedra, o mesmo já é bastante conhecido pela policia por ter realizado um homicídio na cidade Gandu  e por cometer diversos  crimes na região.
A Policia Militar esteve no local e verificou a residência do mesmo em busca de entorpecente ou porte de arma, ainda não se sabe quem cometeu o ato criminoso, o corpo do indivíduo ainda encontra-se no local do crime na espera dos peritos.
Ptnnews – Nem mais Nem menos – Na medida 
 
                                   Veja as imagens a baixo 

         
 
 

EM MENOS DE 38 HORAS TRÊS PESSOAS SÃO ASSASSINADAS EM PRESIDENTE TANCREDO NEVES

Acredite! Está acontecendo em Presidente Tancredo Neves, em menos de 38 horas três jovens é morto por assassinato, primeiro em Corte de Pedra, segundo no Aécio Neves e desta vez foi na região do Tabuleiro de Corte de Pedra, nossa equipe está em busca de todas as informações.  A policia acredita que o assassinato esteja relacionado a acertos de drogas 

QUADRILHA VENDIA POR CERCA DE R$ 90 MIL VAGAS EM FACULDADES DE MEDICINA

Uma quadrilha agia em seis estados brasileiros, vendendo vagas de Medicina, a carreira mais concorrida do país. Não precisava nem estudar: era na base do pagou, passou. A oferta era clara.

Homem: Tudo primeiro lugar é nosso. A gente arrebenta tudo que é prova.
De um esquema ilegal.
Mulher: As faculdades que a gente coloca é porque a gente sabe que o aluno não vai ser pego.
E quem topava pagava caro.
“A vaga numa faculdade de medicina custava entre R$ 60 mil e R$ 90 mil”, afirma o delegado da Polícia Federal Alexandre Braga,
“Você vê uma pessoa que não merece passando na sua frente, é horrível isso”, diz um estudante de medicina.

O jovem não quis mostrar o rosto por medo: foi convidado a participar de um esquema fraudulento, mas diz que  recusou. No ano passado, ele prestou vestibular em seis faculdades em busca de um sonho: estudar medicina, a carreira mais concorrida do país.
Para quem se prepara a sério para as provas, a concorrência dos fraudadores é desleal.
“Você vai prestar um vestibular que é 50 candidatos por vaga, na verdade é 100 candidatos por vaga. Porque metade das vagas são vendidas”, conta o estudante. “É comum. Todo mundo sabe. O ponto eletrônico é o que mais oferece.”

Aparelhos eletrônicos escondidos, estudantes despreparados e dezenas de milhares de reais comprando o que não deveria estar à venda. Vale tudo para entrar em algumas faculdades de Medicina no Brasil.

Uma dessas quadrilhas, descoberta no interior de São Paulo, vendia vagas em seis estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Piauí, Maranhão, Goiás e Rio de Janeiro. Por telefone, eles negociavam com pais e candidatos.
Mulher: A gente faz isso há 15 anos já.
O Fantástico mostra essas conversas com exclusividade. Em um telefonema, uma mulher apresenta o golpe para um pai..
Mulher: O senhor tem uma filha, né?
Pai: Exatamente.
Mulher: Isso. Ela quer medicina, né?
Pai: Medicina.
Mulher: Eu tenho Fernandópolis.
Pai: Fernandópolis?
Mulher: Interessa?
Pai: Interessa.
Mulher: A gente pode colocar ela ou em Fernandópolis ou em Taubaté.
A vendedora faz propaganda.
Mulher: É uma coisa impressionante. Não tem como não entrar. Vai fazer a prova tranquilamente. Vai dar pra passar o gabarito completo e não tem risco para o aluno.
Agora é que vem a conta.
Pai: E valor?
Mulher: Então, o valor está 60 mil.
Fechado o acordo, os candidatos recebiam treinamento. Mas não era para as matérias que caem no vestibular. Era para a fraude.
Homem: Eu vou dar para o menino um ponto de escuta. Ele é maior um pouco que a cabeça de um cotonete, ele é de silicone, ele é transparente. Vai ensinar tudo como se usa, como não se usa.
A polícia apreendeu com o grupo pontos eletrônicos. Quem usava tinha que esconder todos os fios e o receptor de sinal. Colocar tudo embaixo da blusa, da camisa, para nada aparecer. Aí o candidato colocava o ponto eletrônico, ficava bem escondido também, para receber todas as instruções.
Quando a fiscalização apertava, o ponto não era usado. As respostas chegavam por mensagens de celular, lidas no banheiro em aparelhos escondidos. As informações corretas eram encaminhadas por estudantes de medicina que faziam parte da quadrilha. Eles receberam um apelido no grupo: pilotos. Cabia a eles resolver as provas.
Mulher: São 10 gênios fazendo as provas lá dentro. Geralmente, eles gabaritam tudo.
“São pessoas às vezes com o QI acima da média. Especializadas em determinadas matérias e fazem a prova muito rapidamente e transmitem os gabaritos”, explica o delegado da Polícia Federal Alexandre Braga.
É o que mostra outro trecho, gravado após uma prova da Uniceuma, no Maranhão, em novembro de 2011.
Estudante: Fala.
Homem: Anote bem aí. A partir da 16.
Estudante: Manda.
Homem: 16, letra B. Bola.
Estudante: Bola.
Homem: 19, C.
Na quadrilha, cada um tinha uma tarefa. Alguns negociavam com os pais e os candidatos. Eram chamados de corretores. E outros tinham a missão de treinar os alunos. Os treinadores explicavam o passo a passo do golpe. Ensinavam os estudantes a usar o ponto eletrônico e os códigos do celular. Essa conversa foi gravada antes do vestibular da Uniara, em Araraquara, no interior de São Paulo, em 2011.
Mulher: Tá pronta?
Estudante: Tô. Quer fazer o teste?
Mulher: Estamos fazendo agora. Tá montada já?
Estudante: Tô montada.
Mulher: Então, você troca a bateria do pontinho. Se não chegar pelo ponto, vai chegar pela mensagem.
Em um vídeo, um dos treinadores sai de um hotel em São Paulo depois de dar as instruções.
No dia da prova, cada piloto resolvia as questões de apenas uma matéria, para garantir o maior número de acertos possível. Eles saíam rapidamente da sala. Em seguida passavam os gabaritos por telefone para uma central em Goiânia.
Imagens mostram três pilotos reunidos depois de uma prova na Faculdade Anhembi Morumbi, em São Paulo, em dezembro de 2011.
As respostas eram mandadas para uma quarta categoria de fraudadores: os assistentes. E eram eles que repassavam tudo para os vestibulandos envolvidos.
Para a polícia, o coordenador do grupo é Luciano Cançado, médico, clínico geral, de 39 anos. Luciano tinha alugado uma casa em um bairro de classe média de Goiânia, onde morava e também se reunia com os integrantes da quadrilha, segundo a polícia. Eles definiam os detalhes do esquema de fraude. Procuramos o doutor Luciano em dois endereços que aparecem nos relatórios da polícia. Ninguém nos atendeu.
Luciano Cançado trabalha como médico no Hospital Municipal de Jaraguá, cidade que fica a mais de 100 quilômetros de Goiânia.
Giuliana Girardi, repórter do Fantástico: Doutor Luciano Cançado está dando plantão hoje aqui? Ele já foi embora?
Funcionário: Não sei se ele está descansando.
Em seguida, a direção do hospital confirmou que ele já tinha ido embora. Ligamos para Luciano.
Giuliana: Segundo a Polícia Federal de Araraquara, você era o chefe. Você nega isso?
Luciano: Eu nego, Giuliana, eu nego. Eu vou mandar o meu advogado te ligar.
De acordo com o diretor do hospital, no dia seguinte à conversa, Luciano Cançado pediu demissão. 
O advogado dele, Sérgio Miranda de O. Rodrigues, falou ao Fantástico. “A defesa vai aguardar a conclusão do inquérito para se apontar quais são os fatos especificamente apontados ao meu cliente para que então possa se posicionar. Não há participação, não há comprovação de venda do meu cliente em vagas de medicina”, disse ele.

A polícia diz que tem provas suficientes. Extratos bancários com depósitos na conta de Luciano e confissões de integrantes da quadrilha.

“Nós tínhamos o mentor, a pessoa que desenhou, arquitetou esse esquema, sediada em Goiânia. Um médico em Goiânia”, diz o delegado.
Além de Luciano, a polícia prendeu os corretores, os assistentes, os pilotos e os treinadores. Ao todo, 15 envolvidos.
Eles estão sendo investigados desde 2011. O Dr. Luciano já foi detido duas vezes. No fim do ano passado ele foi preso em outra operação de venda de vaga em vestibular.

Luciano e o seu grupo estão em liberdade. Eles já foram indiciados e devem responder por três crimes.

“Pelo estelionato, pela divulgação de segredo, de sigilo de concursos públicos ou vestibulares e a formação de quadrilha”, detalha o delegado Alexandre Braga.

Em Goiânia, procuramos quatro indiciados por pertencer à quadrilha: o casal Marcos José Nunes de Souza e Ana Cândida Lima Souza, Filipe Marquez Belo e Melina de Souza Medeiros. Fomos aos endereços que constam no relatório da polícia. Não encontramos ninguém. Por telefone, eles não quiseram falar.

O Fantástico entrou em contato também com outros oito acusados: Jovina Cecília da Silva Gonçalves, Annie Jackieline Montenegro de Souza e Silva, Lara Cristina de Souza Cançado – irmã de Luciano -, João Paulo Rosilho, Carlos Eugênio Batista Meireles, Alisson Patrício Roque, Letícia Aguiar Milhomens e Leonardo Borges da Silva. Mas eles não quiseram se manifestar.
Nossas equipes não encontraram outros dois envolvidos, Clarianne Silva Leite e Ewerton Alves Alagia.
Segundo a Polícia Federal, não há evidências de que as faculdades fossem coniventes com o esquema. Mas pode ter havido falhas na fiscalização.
“O principal elemento que levava as quadrilhas a intervir contra os certames em universidades particulares era a precariedade do sistema de segurança deles”, explica Alexandre Braga.
Em nota, as universidades de Rio Verde, Estácio de Sá, Anhembi-Morumbi e Uninove dizem que usam “detectores de metal” nas provas.
As universidade de Franca e Gama Filho afirmam que, se constatada a fraude, expulsarão os alunos envolvidos.
O centro universitário Uninovafapi e a universidade Ceuma informam que recolhem todos os aparelhos eletrônicos durantes os exames.
A São Camilo afirma que “toma todas as precauções para evitar fraudes nos processos seletivos”.
A Uniara informa que “revisa constantemente os procedimentos de sigilo e combate às fraudes”.
O grupo Anhanguera Educacional, ao qual a Uniderp pertence, diz que “mantém forte esquema de fiscalização”.
A empresa Access, que faz o vestibular da Faculdade Souza Marques, informa que anulou a prova de 42 alunos identificados com fraudes no vestibular de medicina em 2011.
A polícia está fazendo um levantamento agora dos alunos que estão cursando medicina ou já se formaram, mas que foram aprovados porque compraram as vagas. Eles também vão responder criminalmente.
“Que direito tem um cidadão de comprar uma vaga quando dois milhões estão de forma democrática, republicana, se preparando, estudando, disputando pra poder entrar?”, pergunta o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Segundo o Ministro da Educação, os alunos envolvidos sofrerão também punições acadêmicas: “Eles vão ser todos identificados, vão ser expulsos da faculdade, os que eventualmente ainda estejam, e se forem formados terão seus diplomas cassados. Porque toda a vida acadêmica deles é uma fraude”.
Conversas do grupo mostram que muita gente pode ter sido aprovada. Os fraudadores debochavam de quem era reprovado.
Homem: Murilo. Desclassificado porque não conseguiu tirar nem 3 na redação.
Homem 2: Que horror.
Homem: Ezequiel. Desclassificado porque não tirou nem 2 na redação.
Nem sempre o esquema fraudulento dava certo. Um candidato chegou a ser detido pela polícia, que encontrou o ponto eletrônico durante uma prova da Uniara, em Araraquara, em São Paulo, em outubro de 2011. É a mãe dele que conta a história para a mulher com quem negociou a vaga.
Mãe de estudante: Você não sabe, Jacke. Queriam levar a gente no camburão. Esperaram ele terminar a prova. Veio todo mundo da reitoria. Pegou ele. Levaram numa sala. Olha, esse menino foi de peito, viu, Jacke?
Mulher: Ô.
Mãe de estudante: Ele não aguentava aquele negócio no ouvido. Ele enfiou até o fundo o negócio pra ninguém ver.
Ela relata como ajudou o filho a se livrar dos equipamentos da fraude.
Mãe de estudante: O reitor falou assim: “Não, não. Você vai pegar seu carro”. Nisso, fiz uma limpa no carro. Piquei celular, piquei papel. Tudo que tinha nome, sabe? Aí, ele: “Ai, mãe, tô com dor de barriga”. Nisso, ele arrancou o colar. Esparadrapo, tudo. Jogou na privada e deu o colar pra mim.
Apesar da confusão, no mesmo telefonema, as duas combinam o esquema para o candidato em mais uma prova.
Mulher: Com certeza, ele vai entrar em Mato Grosso. Não tem vistoria, não tem nada. Ah, outra coisa. A redação tem peso zero.
Para o Conselho Federal de Medicina, os estudantes e médicos envolvidos nas fraudes devem ser punidos.
“É um caso prioritariamente de polícia. É importante para nós médicos como ele entrou. Porque é o caráter dele que está em jogo. É a questão ética do médico que comprou uma vaga”, afirma Desiré Callegari, secretário do Conselho Federal de Medicina.
“Ele não está disputando uma vaga, ele está comprando uma vaga, tirando o sonho de muita gente mais capaz que ele”, acusa um estudante.

QUADRILHA VENDIA POR CERCA DE R$ 90 MIL VAGAS EM FACULDADES DE MEDICINA

Uma quadrilha agia em seis estados brasileiros, vendendo vagas de Medicina, a carreira mais concorrida do país. Não precisava nem estudar: era na base do pagou, passou. A oferta era clara.

Homem: Tudo primeiro lugar é nosso. A gente arrebenta tudo que é prova.
De um esquema ilegal.
Mulher: As faculdades que a gente coloca é porque a gente sabe que o aluno não vai ser pego.
E quem topava pagava caro.
“A vaga numa faculdade de medicina custava entre R$ 60 mil e R$ 90 mil”, afirma o delegado da Polícia Federal Alexandre Braga,
“Você vê uma pessoa que não merece passando na sua frente, é horrível isso”, diz um estudante de medicina.

O jovem não quis mostrar o rosto por medo: foi convidado a participar de um esquema fraudulento, mas diz que  recusou. No ano passado, ele prestou vestibular em seis faculdades em busca de um sonho: estudar medicina, a carreira mais concorrida do país.
Para quem se prepara a sério para as provas, a concorrência dos fraudadores é desleal.
“Você vai prestar um vestibular que é 50 candidatos por vaga, na verdade é 100 candidatos por vaga. Porque metade das vagas são vendidas”, conta o estudante. “É comum. Todo mundo sabe. O ponto eletrônico é o que mais oferece.”

Aparelhos eletrônicos escondidos, estudantes despreparados e dezenas de milhares de reais comprando o que não deveria estar à venda. Vale tudo para entrar em algumas faculdades de Medicina no Brasil.

Uma dessas quadrilhas, descoberta no interior de São Paulo, vendia vagas em seis estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Piauí, Maranhão, Goiás e Rio de Janeiro. Por telefone, eles negociavam com pais e candidatos.
Mulher: A gente faz isso há 15 anos já.
O Fantástico mostra essas conversas com exclusividade. Em um telefonema, uma mulher apresenta o golpe para um pai..
Mulher: O senhor tem uma filha, né?
Pai: Exatamente.
Mulher: Isso. Ela quer medicina, né?
Pai: Medicina.
Mulher: Eu tenho Fernandópolis.
Pai: Fernandópolis?
Mulher: Interessa?
Pai: Interessa.
Mulher: A gente pode colocar ela ou em Fernandópolis ou em Taubaté.
A vendedora faz propaganda.
Mulher: É uma coisa impressionante. Não tem como não entrar. Vai fazer a prova tranquilamente. Vai dar pra passar o gabarito completo e não tem risco para o aluno.
Agora é que vem a conta.
Pai: E valor?
Mulher: Então, o valor está 60 mil.
Fechado o acordo, os candidatos recebiam treinamento. Mas não era para as matérias que caem no vestibular. Era para a fraude.
Homem: Eu vou dar para o menino um ponto de escuta. Ele é maior um pouco que a cabeça de um cotonete, ele é de silicone, ele é transparente. Vai ensinar tudo como se usa, como não se usa.
A polícia apreendeu com o grupo pontos eletrônicos. Quem usava tinha que esconder todos os fios e o receptor de sinal. Colocar tudo embaixo da blusa, da camisa, para nada aparecer. Aí o candidato colocava o ponto eletrônico, ficava bem escondido também, para receber todas as instruções.
Quando a fiscalização apertava, o ponto não era usado. As respostas chegavam por mensagens de celular, lidas no banheiro em aparelhos escondidos. As informações corretas eram encaminhadas por estudantes de medicina que faziam parte da quadrilha. Eles receberam um apelido no grupo: pilotos. Cabia a eles resolver as provas.
Mulher: São 10 gênios fazendo as provas lá dentro. Geralmente, eles gabaritam tudo.
“São pessoas às vezes com o QI acima da média. Especializadas em determinadas matérias e fazem a prova muito rapidamente e transmitem os gabaritos”, explica o delegado da Polícia Federal Alexandre Braga.
É o que mostra outro trecho, gravado após uma prova da Uniceuma, no Maranhão, em novembro de 2011.
Estudante: Fala.
Homem: Anote bem aí. A partir da 16.
Estudante: Manda.
Homem: 16, letra B. Bola.
Estudante: Bola.
Homem: 19, C.
Na quadrilha, cada um tinha uma tarefa. Alguns negociavam com os pais e os candidatos. Eram chamados de corretores. E outros tinham a missão de treinar os alunos. Os treinadores explicavam o passo a passo do golpe. Ensinavam os estudantes a usar o ponto eletrônico e os códigos do celular. Essa conversa foi gravada antes do vestibular da Uniara, em Araraquara, no interior de São Paulo, em 2011.
Mulher: Tá pronta?
Estudante: Tô. Quer fazer o teste?
Mulher: Estamos fazendo agora. Tá montada já?
Estudante: Tô montada.
Mulher: Então, você troca a bateria do pontinho. Se não chegar pelo ponto, vai chegar pela mensagem.
Em um vídeo, um dos treinadores sai de um hotel em São Paulo depois de dar as instruções.
No dia da prova, cada piloto resolvia as questões de apenas uma matéria, para garantir o maior número de acertos possível. Eles saíam rapidamente da sala. Em seguida passavam os gabaritos por telefone para uma central em Goiânia.
Imagens mostram três pilotos reunidos depois de uma prova na Faculdade Anhembi Morumbi, em São Paulo, em dezembro de 2011.
As respostas eram mandadas para uma quarta categoria de fraudadores: os assistentes. E eram eles que repassavam tudo para os vestibulandos envolvidos.
Para a polícia, o coordenador do grupo é Luciano Cançado, médico, clínico geral, de 39 anos. Luciano tinha alugado uma casa em um bairro de classe média de Goiânia, onde morava e também se reunia com os integrantes da quadrilha, segundo a polícia. Eles definiam os detalhes do esquema de fraude. Procuramos o doutor Luciano em dois endereços que aparecem nos relatórios da polícia. Ninguém nos atendeu.
Luciano Cançado trabalha como médico no Hospital Municipal de Jaraguá, cidade que fica a mais de 100 quilômetros de Goiânia.
Giuliana Girardi, repórter do Fantástico: Doutor Luciano Cançado está dando plantão hoje aqui? Ele já foi embora?
Funcionário: Não sei se ele está descansando.
Em seguida, a direção do hospital confirmou que ele já tinha ido embora. Ligamos para Luciano.
Giuliana: Segundo a Polícia Federal de Araraquara, você era o chefe. Você nega isso?
Luciano: Eu nego, Giuliana, eu nego. Eu vou mandar o meu advogado te ligar.
De acordo com o diretor do hospital, no dia seguinte à conversa, Luciano Cançado pediu demissão. 
O advogado dele, Sérgio Miranda de O. Rodrigues, falou ao Fantástico. “A defesa vai aguardar a conclusão do inquérito para se apontar quais são os fatos especificamente apontados ao meu cliente para que então possa se posicionar. Não há participação, não há comprovação de venda do meu cliente em vagas de medicina”, disse ele.

A polícia diz que tem provas suficientes. Extratos bancários com depósitos na conta de Luciano e confissões de integrantes da quadrilha.

“Nós tínhamos o mentor, a pessoa que desenhou, arquitetou esse esquema, sediada em Goiânia. Um médico em Goiânia”, diz o delegado.
Além de Luciano, a polícia prendeu os corretores, os assistentes, os pilotos e os treinadores. Ao todo, 15 envolvidos.
Eles estão sendo investigados desde 2011. O Dr. Luciano já foi detido duas vezes. No fim do ano passado ele foi preso em outra operação de venda de vaga em vestibular.

Luciano e o seu grupo estão em liberdade. Eles já foram indiciados e devem responder por três crimes.

“Pelo estelionato, pela divulgação de segredo, de sigilo de concursos públicos ou vestibulares e a formação de quadrilha”, detalha o delegado Alexandre Braga.

Em Goiânia, procuramos quatro indiciados por pertencer à quadrilha: o casal Marcos José Nunes de Souza e Ana Cândida Lima Souza, Filipe Marquez Belo e Melina de Souza Medeiros. Fomos aos endereços que constam no relatório da polícia. Não encontramos ninguém. Por telefone, eles não quiseram falar.

O Fantástico entrou em contato também com outros oito acusados: Jovina Cecília da Silva Gonçalves, Annie Jackieline Montenegro de Souza e Silva, Lara Cristina de Souza Cançado – irmã de Luciano -, João Paulo Rosilho, Carlos Eugênio Batista Meireles, Alisson Patrício Roque, Letícia Aguiar Milhomens e Leonardo Borges da Silva. Mas eles não quiseram se manifestar.
Nossas equipes não encontraram outros dois envolvidos, Clarianne Silva Leite e Ewerton Alves Alagia.
Segundo a Polícia Federal, não há evidências de que as faculdades fossem coniventes com o esquema. Mas pode ter havido falhas na fiscalização.
“O principal elemento que levava as quadrilhas a intervir contra os certames em universidades particulares era a precariedade do sistema de segurança deles”, explica Alexandre Braga.
Em nota, as universidades de Rio Verde, Estácio de Sá, Anhembi-Morumbi e Uninove dizem que usam “detectores de metal” nas provas.
As universidade de Franca e Gama Filho afirmam que, se constatada a fraude, expulsarão os alunos envolvidos.
O centro universitário Uninovafapi e a universidade Ceuma informam que recolhem todos os aparelhos eletrônicos durantes os exames.
A São Camilo afirma que “toma todas as precauções para evitar fraudes nos processos seletivos”.
A Uniara informa que “revisa constantemente os procedimentos de sigilo e combate às fraudes”.
O grupo Anhanguera Educacional, ao qual a Uniderp pertence, diz que “mantém forte esquema de fiscalização”.
A empresa Access, que faz o vestibular da Faculdade Souza Marques, informa que anulou a prova de 42 alunos identificados com fraudes no vestibular de medicina em 2011.
A polícia está fazendo um levantamento agora dos alunos que estão cursando medicina ou já se formaram, mas que foram aprovados porque compraram as vagas. Eles também vão responder criminalmente.
“Que direito tem um cidadão de comprar uma vaga quando dois milhões estão de forma democrática, republicana, se preparando, estudando, disputando pra poder entrar?”, pergunta o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Segundo o Ministro da Educação, os alunos envolvidos sofrerão também punições acadêmicas: “Eles vão ser todos identificados, vão ser expulsos da faculdade, os que eventualmente ainda estejam, e se forem formados terão seus diplomas cassados. Porque toda a vida acadêmica deles é uma fraude”.
Conversas do grupo mostram que muita gente pode ter sido aprovada. Os fraudadores debochavam de quem era reprovado.
Homem: Murilo. Desclassificado porque não conseguiu tirar nem 3 na redação.
Homem 2: Que horror.
Homem: Ezequiel. Desclassificado porque não tirou nem 2 na redação.
Nem sempre o esquema fraudulento dava certo. Um candidato chegou a ser detido pela polícia, que encontrou o ponto eletrônico durante uma prova da Uniara, em Araraquara, em São Paulo, em outubro de 2011. É a mãe dele que conta a história para a mulher com quem negociou a vaga.
Mãe de estudante: Você não sabe, Jacke. Queriam levar a gente no camburão. Esperaram ele terminar a prova. Veio todo mundo da reitoria. Pegou ele. Levaram numa sala. Olha, esse menino foi de peito, viu, Jacke?
Mulher: Ô.
Mãe de estudante: Ele não aguentava aquele negócio no ouvido. Ele enfiou até o fundo o negócio pra ninguém ver.
Ela relata como ajudou o filho a se livrar dos equipamentos da fraude.
Mãe de estudante: O reitor falou assim: “Não, não. Você vai pegar seu carro”. Nisso, fiz uma limpa no carro. Piquei celular, piquei papel. Tudo que tinha nome, sabe? Aí, ele: “Ai, mãe, tô com dor de barriga”. Nisso, ele arrancou o colar. Esparadrapo, tudo. Jogou na privada e deu o colar pra mim.
Apesar da confusão, no mesmo telefonema, as duas combinam o esquema para o candidato em mais uma prova.
Mulher: Com certeza, ele vai entrar em Mato Grosso. Não tem vistoria, não tem nada. Ah, outra coisa. A redação tem peso zero.
Para o Conselho Federal de Medicina, os estudantes e médicos envolvidos nas fraudes devem ser punidos.
“É um caso prioritariamente de polícia. É importante para nós médicos como ele entrou. Porque é o caráter dele que está em jogo. É a questão ética do médico que comprou uma vaga”, afirma Desiré Callegari, secretário do Conselho Federal de Medicina.
“Ele não está disputando uma vaga, ele está comprando uma vaga, tirando o sonho de muita gente mais capaz que ele”, acusa um estudante.

BBB 13: ANAMARA VOLTA COMO LÍDER E INDICA ASLAN E MARCELLO PARA O PAREDÃO

Depois de ficar 24h trancada em um quarto, Anamara voltou para a casa surpreendendo os brothers. Antes de a nova líder entrar na casa, Pedro Bial anunciou que o paredão é uma pegadinha. “Quando Anamara e Marcello foram para o Paredão, o público foi convidado, mas não para eliminar alguém. Ao contrário, o público votou para escolher entre Anamara e Marcello, quem iria sair da casa por 24 horas para voltar depois”, disse o apresentador. Euforicos, Fani e Yuri gritam de felicidade e vão ao encontro de Maroca no jardim da casa. “Voltei, voltei para ficar porque aqui, aqui é o meu lugar”, canta Anamara. Dentro da cada Anamara indica Aslan para o 3º paredão oficial do reality. Marcello e Kamilla receberam, ambos, três votos. Quem vai enfrentar o pernambucano, por decisão da líder, é o carioca Marcello.