No ato da inscrição, o estudante que quiser fazer a prova do Enem deve responder perguntas que versam sobre dados socieconômicos, como a renda mensal familiar e a escolaridade.
Entretanto, na questão número 7, o candidato deve assinalar, dentre os itens do formulário, quais possui dentro de casa. O problema é que dentre os objetos listados, como TV, geladeira, aspirador de pó, automóvel e computador, surge a opção “empregada mensalista”.
O Ministério da Educação (MEC) reconheceu, através de uma nota, a infelicidade da pergunta. O órgão afirmou que “o ministro Aloizio Mercadante considera que a forma da pergunta que se refere a trabalhadores domésticos é inadequada, e vai encaminhar a necessidade de sua adequação, preservando os critérios técnicos, mas garantindo integralmente o respeito àqueles trabalhadores”.
Segundo a coordenadora do curso de Ciências Sociais da UFBA, Maria Salete Souza de Amorim, a maneira como a pergunta foi formulada reduziu as empregadas domésticas a objetos. “Dentre os itens apresentados constam apenas objetos, portanto não cabe o item ‘empregada mensalista’. Seria necessário criar outra questão com outras categorias para inserir essa informação”, disse a professora em entrevista ao periódico.