Os familiares da líder quilombola Mãe Bernadete, assassinada a tiros dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares, na noite de quinta-feira (17), aceitaram uma proteção do governo do estado e deixaram o quilombo que viviam na Bahia. Até esta terça (22), cinco dias após o homicídio, ninguém foi preso.
Segundo o advogado da família, David Mendez, saíram do quilombo o filho de Mãe Bernadete, a esposa dele, a viúva do outro filho da líder quilombola e o neto dela, que presenciou o assassinato da avó.
Ainda de acordo com o advogado, a medida é uma espécie de “proteção informal”, solicitada pela família de Bernadete Pacífico, e aceita pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
Com isso, uma escolta policial da Polícia Militar acompanhará o filho e o neto da líder quilombola durante o período. David Mendez informou que a saída da família de Bernadete do local causou uma grande desmobilização na comunidade.