om risco de novo déficit na oferta global por conta do fenômeno, expectativa é de que preços sigam firmes no curto prazo
Os preços do cacau, que subiram quase 32% do início do ano até ontem na bolsa de Nova York, e estão nos maiores patamares dos últimos doze anos, devem manter a trajetória de alta no curto prazo. A principal razão para esse cenário, segundo analistas, é o esperado efeito do El Niño sobre as plantações em países do oeste da África, região que responde por 70% da oferta global.
A produção no mundo caminha para a segunda temporada seguida com déficit, estimado em 142 mil toneladas pela Organização Internacional do Cacau (ICCO) na temporada 2022/23
Segundo Leonardo Rossetti, analista de inteligência de mercado da StoneX , a demanda sustentada por produtos feitos a partir do cacau, como o chocolate, desde a pandemia explica o déficit. O consumo segue firme a despeito das pressões inflacionárias em grandes consumidores, como Estados Unidos e Europa.