Uma criança de iniciais R.J.S, de apenas quatro meses de idade deu entrada no Hospital Nelson Davi Ribeiro, Gandu, na noite do último dia 17 com suspeita de um quadro de septicemia (Infecção generalizada). A criança residia com seus pais na Fazenda Alto Verde, zona rural de Teolândia e fora internada imediatamente para passar por procedimentos médicos.
Como o caso precisava de suporte avançado, a equipe do hospital de Gandu, fez contato com a regulação do SUS em Salvador a fim de conseguir uma vaga para acriança em uma UTI neonatal. O quadro clínico da criança piorou e por volta das 23h daquele dia, médicos da Capital informaram ao Hospital de Gandu, a disponibilidade de uma vaga na UTI do Hospital Santo Antonio em Salvador e que estaria enviando um avião com UTI móvel para o transporte da criança.
Na manhã de ontem, 18, o menor fora levado por uma equipe liderada pelo Enfermeiro Janderson Nogueira até o aeroporto de Jequié, de onde foi transportado à Capital para receber cuidados médicos avançados, conforme requer o caso. Esse é um quadro perigoso e que pode ocasionar a morte rápida do paciente.
Esse foi um caso fora do comum pelo seguinte:
Primeiro todo o procedimento foi feito com recursos do SUS e a assistência prestada a uma família da zona rural de um município do interior do Estado, provavelmente sem expressão financeira;
Segundo a fila de pacientes que esperam vagas em UTI’s é maior do que a disponibilidade de leitos.
Terceiro, conforme dados da SESAB há apenas 171 leitos de UTI’s neonatal habilitados pelo SUS no Estado;
Quarto, de acordo com levantamento realizado pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), a rede pública de saúde no estado possui um déficit de 108 leitos de UTI;
Diante de tudo isso, devemos destacar o trabalho realizado pelos profissionais do Hospital Nelson Davi Ribeiro que conseguiram regular a criança a fim de receber o tratamento adequado, sem o qual a criança estaria exposta a sério risco de morte.
Produção: Arautos de Teolândia
