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COMO SE PROTEGER DE DOENÇAS DURANTE O SEXO ORAL
A herpes bucal ainda é a mais comum. E o vírus pode se transformar em genital se a boca contaminada entrar em contato com uma parte íntima, diz o ginecologista Eduardo Zlotnik, do Hospital Israelista Albert Einstein, em São Paulo.
Para entender bem os riscos, vamos pensar nos dois cenários: quando você faz e quando você recebe o sexo oral. Se você cair de boca sem proteção em um cara que está com algum tipo de doença (aparente ou não), corre 40 vezes mais riscos de se contaminar do que se tivesse se cuidado. Se receber o carinho desprotegida, corre 20 vezes mais riscos. E fica o alerta: nove entre dez homens acham sexy quando a mulher engole o sêmen. Mas essa é outra atitude perigosa e fonte de DSTs. Calma, não é para se apavorar e parar de fazer sexo oral. Não somos loucas de sugerir algo assim. O que você precisa é se proteger (sempre!) e se informar sobre os meios de contaminação e os tratamentos das DSTs mais comuns. Assim, a sua única preocupação vai ser contar orgasmos e não comprimidos!
Você pode se contaminar com o vírus se entrar em contato com a mucosa de uma pessoa infectada.
Sintomas: Assintomática, a hepatite C só é descoberta quando está em estágio avançado e causa cirrose ou câncer de fígado.
Tratamento: Antivirais injetáveis e orais por seis meses ou um ano. A cura acontece em 60% dos casos.
Essas doenças são causadas por protozoários e não são originalmente DSTs. Mas há riscos quando você faz sexo anal com um homem contaminado e oral depois.
Sintomas: Dores no estômago, no abdômen, diarreia e febre.
Tratamento: Remédio antiparasítico por cinco dias.
Se o homem estiver com o pênis infectado e você fizer sexo oral nele sem proteção, você pode contrair herpes bucal. Se ele estiver com herpes facial
(na boca, olhos ou nariz) e fizer sexo oral em você, há chances de o vírus se transformar na versão genital e infectar sua vagina ou seu ânus.
Sintomas Ardor e bolhas na pele e nas mucosas. As feridas cicatrizam, mas o vírus fica no corpo e aparece quando a sua resistência estiver baixa.
tratamento Antiviral à base de aciclovir em pílulas ou pomadas
Mucosas infeccionadas transmitem essa bactéria do mal que pode contaminar a vagina ou a laringe.
Sintomas: Febre, lesões na pele e inflamação na uretra que aparecem de dois a seis dias depois do sexo com alguém com gonorreia.
Tratamento: Antibióticos de dose única. Mas você pode ser contaminada mais de uma vez se, de novo, fizer sexo sem proteção com alguém com essa DST.
A probabilidade de você contrair o vírus fazendo sexo oral é só de 0,04%, mas não vale o risco.
Sintomas: No começo, parece com uma gripe: febre, dor muscular, calafrios… Nos estágios mais avançados, é comum que o paciente tenha doenças oportunistas, como pneumonia.
Tratamento: Não há cura, só controle da proliferação do vírus com coquetel de medicamentos.
Se você tiver contato com o sangue, sêmen ou mucosa de um cara com a doença, é muito provável que pegue sífilis.
Sintomas: Três semanas depois da infecção, surge uma ferida com bordas mais altas. Alguns dias depois aparecem mais feridas que podem se espalhar pela pele. Se não for tratada, a sífilis afeta sistema nervoso, ossos e coração.
Tratamento: Injeções de antibiótico à base de penicilina. O tempo e a dosagem variam.
Quando sua imunidade está baixa e você toca as mucosas de um homem que está com o fungo, tem altas chances de contrair essa DST que é comum entre as mulheres.
Sintomas: Coceira, corrimento branco, incômodo ao fazer xixi e dor para transar. A candídiase bucal causa pontos brancos escamosos que inflamam e nem adianta tentar disfarçar com batom!
Tratamento: Pomadas ou doses de comprimidos antifúngicos por, pelo menos, uma semana.
– Use camisinha. Sempre. Sem desculpa. Se o gosto for dos piores, tente as que têm sabor. Na hora de receber sexo oral, aposte na versão feminina.
– Não faça sexo oral se um de vocês tiver qualquer tipo de DST ou ferida ao redor dos órgãos genitais, ânus e boca. Evite contato mesmo com proteção.