Viviane Lira Monte, de 24 anos, morreu após realizar seis cirurgias plásticas ao mesmo tempo em Sobral, no interior do Ceará. Ela passou pelos procedimentos na barriga, braços, seios, costas e glúteos, mas sofreu complicações e acabou falecendo na quinta-feira (26), após 20 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A família da jovem confirmou o ocorrido à TV Verdes Mares e ao g1, alegando negligência médica. De acordo com os familiares, Viviane havia procurado outros médicos, que se recusaram a realizar todos os procedimentos de uma só vez. No entanto, um profissional aceitou.
“Ela procurou vários médicos, mas eles disseram que não seria possível fazer tudo junto. Esse médico aceitou. Agora a gente percebe que nenhum outro médico faria tantos procedimentos ao mesmo tempo”, disse Ayrton Alcântara, amigo da vítima.
Viviane realizou mamoplastia redutora, lipoaspiração no abdômen, braços, costas, pescoço e lipoenxertia glútea. Segundo o amigo, a jovem sonhava em fazer as cirurgias, mas o número de intervenções simultâneas levanta suspeitas de erro médico.
“A gente não sabe o que foi conversado com ela ou que sonho venderam. O que a gente percebe é que nenhum outro médico faz tantos procedimentos de uma vez só, o que reforça a nossa suspeita de imprudência”, completou Ayrton.
A Secretaria de Segurança Pública do Ceará informou que os familiares de Viviane registraram um boletim de ocorrência e que o caso está sendo investigado pela Delegacia Municipal de Sobral.
Viviane Lira Monte sofreu complicações após procedimentos realizados
Viviane realizou as cirurgias no dia 31 de agosto, um sábado, e foi liberada no domingo (1° de setembro) por um médico plantonista. Ela já começou a sentir dores no estômago. Na segunda (2 de setembro), passou mal, estava sem conseguir fazer xixi.
A família ligou para o médico, que recomendou que a levassem para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ele já não estava mais na cidade de Sobral, conforme informações da família.
A jovem ainda teve outros sintomas, como desmaio e falta de ar. Na UPA, o quadro se agravou e ela precisou ser levada para a UTI. Lá, ela teve uma parada cardíaca, mas conseguiram reanimar. Dias depois, no entanto, os médicos chamaram a família, pois ela estava em estado grave.
Viviane foi piorando a cada dia, tomou bolsas de sangue, teve infecção por bactéria e fungos. A cirurgia nos seios chegou a abrir e teve secreção nos braços. Na quinta-feira (26) ela faleceu.
“Não tenho palavras pra dizer o baque que é isso. Uma menina jovem, 24 anos, cheia de vida, querida por todos. Ela tinha uma loja de roupas, estava atuante, uma cidadã era respeitada. A gente não tem chão para enfrentar essa situação”, lamentou o amigo da vítima.