Doença atinge 176 milhões de mulheres em todo o mundo
Sintomas como dores ao manter relações sexuais, dor e sangramento intestinais e urinários,
dificuldade para engravidar e cólicas menstruais intensas, são alguns dos principais problemas.
apresentados por mulheres que sofrem com a endometriose.
Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, apontam que de 10%
a 15% das mulheres em idade reprodutiva são portadoras de endometriose, que corresponde a 176
milhões de mulheres no mundo e mais de 6 milhões de mulheres no Brasil.
Segundo a ginecologista e obstetra, Dra. Laylla Aliontina Lemes Carneiro, a endometriose é uma doença que não tem cura, mas quando diagnosticada é possível amenizar seus sintomas. “O que acontece em quem tem endometriose é que, no período menstrual, parte das células do endométrio, que deveriam ser eliminadas junto à menstruação, sofrem um refluxo e se aglomeram em certas regiões da cavidade abdominal, principalmente ovários e tubas uterinas”, explica a médica.
A ginecologista destaca um dado da Associação Brasileira da Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva no qual aponta que antigamente, as mulheres menstruavam cerca de 40 vezes durante seu período reprodutivo e que hoje a mulher tem cerca de 400 menstruações durante esse mesmo período. “Mudanças sociais e culturais refletiram também no corpo da mulher. Com o engajamento no mercado de trabalho, o acesso à educação as mulheres passaram a planejar a gravidez e quantidade de filhos. Consequentemente a mulher menstrua mais”, destaca a ginecologista.
Dificuldade para engravidar
A ginecologista explica que como as células do endométrio, que deveriam ser eliminadas junto à menstruação, sofrem um refluxo e se aglomeram na região do ovário e tubas uterinas, ocorre dificuldade na ovulação e migração do óvulo para a região onde ocorre a fecundação. “Essa aglomeração pode impedir a passagem dos óvulos pelas tubas, o que dificulta a gravidez. Pacientes diagnosticadas com endometriose que desejam engravidar, é fundamental que agende uma visita ao ginecologista para avaliar as possibilidades. Em alguns casos, pode-se recorrer ao procedimento cirúrgico para remover as aderências em outros pode-se indicar a reprodução assistida. É preciso avaliar cada caso individualmente”, orienta a ginecologista Laylla Lemes.
Na vida real
Recentemente a atriz Fernanda Machado, que interpreta o papel da malvada Leila, na novela Amor à Vida da Rede Globo, precisou fazer uma cirurgia de endometriose. A atriz ficou afastada por alguns,dias, mas já voltou a atuar.