Em meio ao imbróglio judicial, no início do governo ACM Neto, quando teve créditos tributários no valor de R$ 342 milhões referentes à sua desapropriação suspensos pela atual gestão, o Parque das Dunas foi agraciado pela Unesco em novembro de 2013 com o título de Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (clique aqui, aqui, aqui e aqui). A área consiste no maior manancial de dunas e restingas preservado em zona urbana do país. Contempla dezenas de lagoas perenes e intermitentes, espécies endêmicas, espécies em extinção, local de pouso de aves migratórias e uma grande biodiversidade. Tudo isso no meio da terceira maior cidade do Brasil em população. Segundo a Unesco, o título tem que ser comemorado com muito entusiasmo por ser o primeiro de Reserva da Biosfera concedido ao município de Salvador e por ser uma vitória do bem da natureza e da vida sobre o fantasma da destruição que assombrava os soteropolitanos, travestido de ampliação do aeroporto. Mas, devido à suspensão dos créditos, a Unidunas, por intermédio de seu presidente, Jorge Santana, vai pedir a reserva de volta, para cancelar, assim, a desapropriação feita no governo João Henrique, ou a revisão da determinação da prefeitura. Segundo Santana, não houve irregularidades, até porque, o preço da desapropriação é muito abaixo do Valor Unitário de Padrão (VUP) praticado na nova lei tributária.
