A ação integrada tem como objetivo desarticular facção envolvida com formação de bondes, tráficos de drogas e armas, ataques a viaturas, corrupção de menores, roubos, lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado na Bahia (FICCO/BA) deu início, nesta quinta-feira (31), à operação “Rota Segura”, uma ação policial conjunta destinada a combater uma facção criminosa violenta atuante na capital baiana. A operação, que mobilizou grande número de policiais estaduais e federais, teve como objetivo o cumprimento de sete ordens judiciais no Complexo Nordeste de Amaralina, em Salvador.

A ação incluiu o cumprimento de quatro mandatos de busca e apreensão e três mandatos de prisão. As investigações revelaram que os membros da facção criminosa vêm organizando ataques armados nos bairros de Salvador, promovendo insegurança e violência. Segundo informações apuradas, os chamados “bondes” — grupos formados por diversos criminosos armados — partem do Complexo de Amaralina em veículos roubados e com armas para executar esses ataques.

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José Roberto Nascimento dos Santos, conhecido como “Nanan Premiações”, deixou a prisão na tarde desta quarta-feira (30), usando tornozeleira eletrônica. O influenciador e rifeiro estava detido desde o dia 5 de setembro, após ser alvo da Operação Falsas Promessas, que desarticulou uma organização criminosa suspeita de lavar dinheiro do tráfico de drogas por meio de jogos de azar e rifas.

A prisão de Nanan surpreendeu muitos, já que ele possui mais de 1,1 milhão de seguidores no Instagram, onde promovia rifas de veículos e sorteios de grandes quantias em dinheiro. O juiz Cidval Santos Sousa Filho considerou que, embora Nanan estivesse vinculado a atividades de lavagem de dinheiro, ele não tinha relações diretas com os traficantes envolvidos.

“O relatório financeiro atesta que os representados, em companhia da investigada Gabriela, companheira de ‘Nanan’, movimentaram a expressiva quantia de R$ 90.743.872,11 em cinco anos enquanto as declarações de imposto de renda são infinitamente inferiores aos valores movimentados. Entretanto, diferentemente dos demais representados, que registraram expressivas transações com os representados Victor e Igor, a transação do representado ‘Nanan’ com Victor se limita a R$ 98, o que infirma a alegação de participação deste em organização criminosa ou associação para o tráfico”, entendeu o juiz Cidval Filho.

Além de Nanan, outras cinco pessoas também foram libertadas, todas sob a condição de usarem tornozeleira eletrônica. O juiz justificou essa medida como uma forma de prevenir possíveis fugas do país, estabelecendo que todos os liberados deverão entregar seus passaportes e não poderão deixar Salvador por mais de sete dias sem autorização judicial.

José Roberto Nascimento dos Santos, conhecido como “Nanan Premiações”, pode ser solto a qualquer momento, segundo decisão da Justiça. O influenciador e rifeiro, que está preso desde o dia 5 de setembro como alvo da Operação Falsas Promessas, deve ser liberado do Complexo Penitenciário Lemos Brito, em Salvador, utilizando tornozeleira eletrônica.

A decisão foi tomada pelo juiz Cidval Filho, que avaliou que “todos os representados, em algum grau, praticaram ao menos uma das fases da lavagem de dinheiro, seja colocação, ocultação e integração, pessoalmente ou por pessoa interposta”. Porém, o magistrado explicou que o critério para determinar a prisão ou soltura dos investigados foi a conexão direta com o tráfico de drogas.

“Há ainda prova, ainda que incipiente, do envolvimento de parte dos representados com o tráfico de drogas. Contudo, mesmo com o deferimento de medidas cautelares de interceptação telefônica, busca e apreensão, sequestro e arresto, não há nos elementos robustos a configurar a existência de associação para o tráfico, organização criminosa ou financiamento para o tráfico quanto a todos os investigados, pelo que é imperiosa análises individuadas da atuação de cada um destes”, entendeu o juiz.

Segundo o magistrado, a decisão de soltar Nanan Premiações foi baseada na ausência de ligação direta com traficantes.

“O relatório financeiro atesta que os representados, em companhia da investigada Gabriela, companheira de ‘Nanan’, movimentaram a expressiva quantia de R$ 90.743.872,11 em cinco anos enquanto as declarações de imposto de renda são infinitamente inferiores aos valores movimentados. Entretanto, diferentemente dos demais representados, que registraram expressivas transações com os representados Victor e Igor, a transação do representado ‘Nanan’ com Victor se limita a R$ 98, o que infirma a alegação de participação deste em organização criminosa ou associação para o tráfico”, concluiu o juiz Cidval Filho.