Onda de furtos preocupa cafeicultores em Minas: café vira alvo de criminosos

A valorização do café no mercado internacional trouxe um efeito colateral preocupante para os produtores do interior de Minas Gerais, maior região produtora do grão no mundo. Com a saca de 60 quilos ultrapassando os R$ 2.500, o café se tornou o novo alvo de criminosos, desencadeando uma onda de furtos em lavouras que tem deixado agricultores em estado de alerta.

Se antes os principais desafios no campo envolviam os altos custos com máquinas, insumos e fertilizantes, agora os cafeicultores enfrentam um problema ainda mais angustiante: a insegurança rural.

Crimes durante a madrugada

Nos últimos meses, relatos de furtos noturnos têm se multiplicado, principalmente no Sul de Minas, Triângulo Mineiro e Zona da Mata. Os criminosos invadem as propriedades durante a noite e colhem o café ainda nos pés, sem levantar suspeitas imediatas. Em Ilicénea, um homem foi detido recentemente carregando uma saca cheia de grãos misturados com galhos. Já em Campestre e São Sebastião do Paraíso, bandidos chegaram a levar até mudas recém-plantadas.

Pequenos e médios produtores, especialmente os familiares, são os mais afetados. Em muitos casos, qualquer perda impacta diretamente no sustento da família.

Café no radar do crime organizado

Associações rurais e autoridades alertam que os furtos nas lavouras estão se tornando tão lucrativos quanto o roubo de tratores e maquinários agrícolas, atraindo desde oportunistas até grupos organizados. Diante do cenário, o setor pressiona por ações imediatas do poder público.

Medidas em discussão

Entre as medidas emergenciais, estão sendo debatidos o reforço no patrulhamento rural, instalação de cercas eletrônicas, câmeras de monitoramento e a ampliação de canais de denúncia direta com a polícia.

Enquanto as soluções não chegam, os produtores seguem trabalhando com o medo de que o valor do grão, ao invés de representar lucro, gere prejuízo e insegurança.

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