OFICIALIZADA GREVE NO IFBA

Desde a última quarta-feira, 13 de junho, foi oficializada a greve no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), através do comunicado oficial do Sindicato Nacional dos Servidores Federais – Bahia (Sinasefe-BA) à Reitoria. Entre as questões principais da pauta de reivindicações estão progressão por titulação para os docentes, progressão imediata – por capacitação – dos técnicos-administrativos, progressão imediata para todos os servidores a cada 18 meses de trabalho e redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.
A deflagração da greve foi decidida em uma assembleia geral, que aconteceu no campus Salvador, no dia 12 de junho, com a participação de representantes do IFBA campi Camaçari, Feira de Santana, Jacobina, Jequié, Salvador, Santo Amaro, Simões Filho e Valença (mais detalhes aqui). De acordo com o coordenador de assuntos educacionais do Sinasefe-BA, Reinaldo Martins, em relação à adesão da greve pelos campi, a instância deliberativa é a assembleia geral dos servidores. “Cabe aos servidores nos campi aderirem ou não. Informamos que estamos em greve desde 13 de junho, cumprindo o prazo legal jurídico de 72 horas. Já comunicamos à Reitoria e, na medida em que os campi forem aderindo, estaremos comunicando aos diretores. A questão é que a assembleia, fórum máximo e legítimo, está acima da vontade individualizada dos campi ou dos servidores dos campi”, explica.


A reitora Aurina Santana esclarece o posicionamento do IFBA em relação à greve: “Nós sempre fazemos questão de frisar o respeito que temos pelo direito à greve de todos os trabalhadores, em especial, os trabalhadores das instituições federais de ensino e, em particular, nosso Instituto. Então, o que vamos fazer é esperar as informações do sindicato, àquelas que nos concernem, porque nem todas as informações o sindicato é obrigado a repassar, mas esperamos receber informações sobre o andamento do movimento grevista em relação aos campi e o crescimento em termos da aceitação da pauta de reivindicação”.

Alguns campi já sinalizaram, através de comunicado na lista de discussão interna do IFBA, a adesão à greve, como Barreiras, Camaçari, Salvador, Simões Filho e Valença. Nestes campi, é possível obter informações sobre o funcionamento ou suspensão das atividades. No campus Valença, por exemplo, no comunicado da 1ª reunião, o comando de greve local informa que haverá uma escala de trabalho dos serviços essenciais desenvolvidos por setores, como a Coordenação de Gestão de Tecnologia da Informação (CGTI), a Gerência de Registros Acadêmicos (GRA), o Serviço Social, entre outros.
Em relação aos serviços prestados pelos campi e ao calendário acadêmico, a reitora lembra: “Nós saímos de uma greve, que foi relativamente longa, e estamos entrando em outra. Então, há uma preocupação muito grande em relação aos estudantes. É preciso explicar que esse tempo não depende só da gente”.  E complementa: “São pontos que a gente trata depois da greve com naturalidade. Até porque a greve é um evento que intercepta o calendário e a gente vai ter que tratar disso no período pós-greve, tendo o cuidado para que nossos estudantes não sejam tão prejudicados”.