Para fugir da polícia, o ex-prefeito de Piên, na Região Metropolitana de Curitiba, Gilberto Dranka, se escondeu no forro da mansão em que mora. Um vídeo da Polícia Civil mostra o momento em que o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) encontra o político, na manhã desta terça-feira (31).
Ele foi preso em seguida, suspeito de envolvimento na morte do prefeito eleito Loir Dreveck (PMDB). A vítima foi baleada por um motociclista em dezembro de 2016, quando viajava com a família para Santa Catarina.
A Polícia Civil não divulgou a motivação do crime.
Ao todo, foram expedidos 14 mandados judiciais, sendo três de prisão temporária, três de condução coercitiva, que é quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento, e oito de busca e apreensão.
As ordens judiciais são cumpridas em Piên, no Paraná, e em Jundiaí e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. As prisões temporárias têm prazo de oito dias e podem ser prorrogadas pelo mesmo período ou convertidas em preventiva, que é quando o investigado não tem prazo para deixar a prisão.
Entre os outros alvos da operação, estão os suspeitos de executar e intermediar o crime. “O homem que atirou contra o prefeito ainda é suspeito de matar por engano outra pessoa. Ele teria atirado contra um homem, dias antes, achando que se tratava do prefeito eleito”, disse a Polícia Civil.
O G1 tenta contato com o advogado de Gilberto Dranka e dos demais investigados.
A assessoria de imprensa informou que por enquanto a Prefeitura de Piên não vai se pronunciar sobre o caso e que ainda está acompanhando os resultados e desdobramentos da investigação.
O crime
O crime ocorreu enquanto Dreveck viajava para Santa Catarina, pela PR-420, no dia 14 de dezembro. Ele estava em um carro da prefeitura, com a família, quando foi surpreendido pelo motociclista, que disparou contra ele.
O prefeito foi atingido na cabeça e encaminhado em estado grave ao Hospital e Maternidade Sagrada Família, em São Bento do Sul, Santa Catarina.
Depois, foi transferido para o Hospital São José, de Jaraguá do Sul, no mesmo estado, onde permaneceu internado até a morte.
À época, o delegado responsável pelo caso, Sérgio Luiz Alves, já tinha descartado a possibilidade de assalto. “O motociclista que efetuou os disparos não fez qualquer anúncio de roubo, apenas atirou e fugiu”, declarou.