Mulher faz tatuagens gratuitas em vítimas de agressão doméstica; veja

A tatuadora Flavia Carvalho transformou sua arte em um recomeço para mulheres vítimas de violência doméstica. Há 12 anos trabalhando em seu estúdio em Curitiba (PR), a artista oferece tatuagens gratuitas para cobrir cicatrizes de mastectomias, violência ou automutilação.

Flavia relembra que teve a ideia do projeto quando recebeu uma cliente que queria cobrir com tatuagem uma cicatriz de corte profundo no abdômen.

“Enquanto eu tatuava, ela me contou a sua história. A cliente estava em uma casa noturna, foi abordada por um homem e, ao recusar beijá-lo, foi atacada com um golpe de canivete. Ela não se lembra mais de muita coisa, mas a grande marca – tanto do golpe quanto da cirurgia de emergência – a estigmatizaram para sempre”, conta.

A tatuadora relata que quando a jovem viu o desenho em seu corpo no espelho, ficou muito emocionada.

“Entre agradecimentos, lágrimas e abraços, fiquei pensando por muito tempo na quantidade de mulheres que carregam marcas e cicatrizes cheias de lembranças tristes de sofrimento, dor e luta pela vida”, diz.

Em 2017, então, Flavia deu início ao projeto A Pele da Flor, para “ajudar essas mulheres a terem uma história de recomeço e ressignificação”, segundo a artista.

A tatuadora relata que quando a jovem viu o desenho em seu corpo no espelho, ficou muito emocionada.

“Entre agradecimentos, lágrimas e abraços, fiquei pensando por muito tempo na quantidade de mulheres que carregam marcas e cicatrizes cheias de lembranças tristes de sofrimento, dor e luta pela vida”, diz.

Em 2017, então, Flavia deu início ao projeto A Pele da Flor, para “ajudar essas mulheres a terem uma história de recomeço e ressignificação”, segundo a artista.

Uma sessão custaria, no mínimo, R$ 300, mas a tatuadora decidiu fazer os desenhos sem custo para alcançar mais mulheres. Flavia relata que, desde que iniciou o projeto, já tatuou centenas de pessoas.


“A tatuagem pode ser um importante instrumento de superação para essas mulheres, fazendo com que elas resgatem uma relação positiva com o próprio corpo e com si mesmas”, finaliza.

*Metrópoles