Mulher: Escrava dos seus medos, refém da sociedade

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Rosemeire Cerqueira

O papel da mulher na sociedade é uma construção histórica marcada pela submissão imposta que, até hoje, traz exposta as marcas das correntes que a manteve em cativeiro durante séculos e, mesmo estando em pleno século XXI, onde a liberação feminina é proclamada aos gritos e a igualdade de direitos é fato consumado ( ao menos no papel), ainda vivemos nas prisões psicológicas as quais fomos condenadas durante séculos de obediência servil.

Conviver com a liberdade é algo relativamente novo para as mulheres. Porém, até que ponto somos realmente livres, até que ponto sabemos e nos é permitido tomar posse da liberdade conquistada? Ora, muitos são os discursos que abordam essa tal liberdade feminina, mas será que de fato ela existe na prática? Será que no seu dia a dia a mulher tem espaço para exercer sua liberdade sem ser menosprezada ou adjetivada negativamente ( sinceramente, acho que não!).

Ser livre, pressupõe-se ter direito a fazer sua própria escolha, ter direito a livre arbítrio para tomar suas decisões sem sofre pressões de espécie alguma e sem ser julgada por suas opções, sejam elas quais forem. Então, se ser livre compreende todas estas coisas citadas acima fica a seguinte reflexão: Mulher, será que você realmente é livre? Pare, pense, reflita!

Embora a mulher tenha conquistado através de muitas lutas um espaço significativo na sociedade, muitas vezes, a mesma parece ainda não ter se apossando de tal conquista, pois o medo do julgamento social ainda domina as mulheres em muitos aspectos e, consequentemente, as mesmas deixam de exercer seus direitos plenamente por receio dos julgamentos, já que a forma que nós mulheres, somos vistas e tratadas pela sociedade ainda influência muitos de nossos comportamentos e atitudes.

Liberta-se das amarras psicológicas enraizadas no mais profundo do nosso ser deveria ser nosso principal objetivo, uma vez que, ao nos livrar de tais amarras estaremos assumindo nossa liberdade com total propriedade sem receios de julgamentos de uma sociedade ainda machista e opressora.

Viver para a igualdade e para a liberdade ainda é um exercício praticado diariamente por nós, mulheres que buscamos nos firmar como seres humanos independentes e capazes que sabem o que querem, como querem, onde querem e por que querem sem intermediações e opressões sociais .

Mentir é mais fácil que dizer a verdade
Julgar é mais fácil que compreender
Guardar rancor é mais fácil que perdoar
Ferir é mais fácil que agradar
Fugir é mais fácil que enfrentar a verdade
Afastar-se é mais fácil que aproximar-se
Condenar é mais fácil que perdoar
Odiar é mais fácil que AMAR.