Não faltaram chances para encerrar o jejum. Desde a última conquista, a Copa América de 1993, a Argentina chegou a cinco finais e perdeu todas. Caiu na decisão da Copa das Confederações de 2005, na Copa do Mundo de 2014 e em três edições do torneio sul-americano (2004/07/15). O revés nos pênaltis para o Chile acabou mais uma vez com o sonho de uma geração. Um dos símbolos desse elenco é Mascherano. Presente em quatro das cinco decepções, o volante desabafou no Estádio Nacional de Santiago e deixou em dúvida até seu futuro na selecão.
Resumiu como tortura o que os hermanos vem vivendo nos últimos 22 anos. A derrota para o Chile veio depois de três quedas para o Brasil e uma para a Alemanha. Masch só não participou do vice-campeonato da Copa das Federações de 2005.
– É uma tortura… Não encontro explicação. Quero disfrutar a seleção, mas sempre acabo sofrendo. Tomara que no futuro a Argentina possa ganhar. Falei com o Tevez: joguei três finais de Copa América e perdi as três. Tanto na primeira (2004), como nessa, estivemos perto. No geral fizemos uma boa competição. Nos falta sorte nas decisões – lembrou na zona mista.
Líder da Argentina dentro de campo, Mascherano vive a mesma sina de Messi: campeão de tudo com o Barcelona, campeão de nada com a seleção. Aos 31 anos, o volante estava abatido após o novo vice-campeonato. Deixou em dúvida até sua continuidade na seleção.
– Não conseguimos dar a alegria que o povo argentino queria. Todos sabem como vivo o futebol. Infelizmente perdemos e temos que engolir. É uma grande tristeza. Estavamos fazendo as coisas bem… Não dá para pensar no futuro agora. (Globo Esporte- G1)