Em meio aos preparativos para o enterro das sete vítimas do acidente aéreo que matou Eduardo Campos, candidato do PSB à presidência, o partido já pode ter escolhido os sucessores deles na corrida eleitoral. Segundo a revista Piauí, a vice Marina Silva quer Renata Campos, a viúva do ex-governador de Pernambuco, como candidata a vice-presidente.
Apesar do partido não assumir a candidatura de Marina, é dado como certa que ela vai levar a frente a bandeira do PSB. A legenda seus aliados na campanha presidencial só devem anunciar a decisão após o enterro do ex-governador Eduardo Campos, mas as declarações de líderes socialistas e dos outros partidos que formam a coligação Unidos pelo Brasil apontam para a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva como candidata a presidente da República. Em 2010, concorrendo pelo PV, Marina teve quase 20 milhões de votos e ficou em terceiro lugar.
A ex-ministra – vice na chapa de Campos – proibiu qualquer especulação sobre seu nome em respeito ao ex-governador, morto anteontem em desastre aéreo, em Santos. Mas o próprio irmão de Eduardo, o advogado Antonio Campos, também filiado ao PSB, divulgou uma carta ao partido defendendo a candidatura de Marina.
“Externo minha posição pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação Unidos Pelo Brasil liderada pelo PSB, devendo a coligação, após debate democrático, escolher seu nome e um vice que una a coligação e some ao debate que o Brasil precisa fazer nesse difícil momento, em busca de dias melhores. Tenho convicção que essa seria a vontade de Eduardo”, escreveu Antonio.
Apesar de ainda abalados com a tragédia, líderes do partido mostraram posição semelhante. “É um sentimento que tenho de que Eduardo gostaria de ver Marina candidata, pela relação que eles construíram ao longo dos últimos meses”, disse o deputado Júlio Delgado, presidente do PSB em Minas. “O nome dela, num primeiro momento, parece ser natural. Mas ainda nem conversamos com Marina”, lembrou o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).