Ao apresentar seu projeto para a educação, em resposta à pergunta de um leitor, na sabatina promovida pelo jornal O Globo, sobre as diferenças entre suas propostas e as que estão em vigor no governo Lula, a candidata do PV à Presidência, Marina Silva, defendeu o que chamou de “educação integral”, ressaltando as diferenças entre esta e a “escola em tempo integral”.
“A escola em tempo integral é uma modalidade. É uma escola desejável, mas não é possível prover essa escola a todas as crianças. A ideia de educação integral consiste em modalidades que se integram. Na manhã, o aluno está está na sala de aula. À tarde, visita museu, biblioteca, equipamento público, atividade orientada na sua própria comunidade”, explicou.
Ensino profissionalizante – Marina também defendeu a necessidade de modernizar o ensino profissionalizante no país. “É preciso pensar a formação do cidadão em tempo integral, para que a gente possa atualizar principalmente o ensino profissionalizante”, afirmou, depois de alertar para o “apagão” de mão-de-obra que leva o Brasil, segundo ela, a importar profissionais para as áreas mais importantes.
“Nós temos 14 milhões de analfabetos. Os nossos professores são formados em faculdades particulares. Estamos à beira de um apagão de mão de obra. Entre um trem-bala e uma revolução com a educação, eu fico com a revolução”, disse.
(João Marcello Erthal)