O atestado de óbito de Luane Costa da Silva, de 27 anos, divulgado nesta sexta-feira (25), confirma que a jovem baiana, encontrada morta em um quarto de motel em Santos, litoral de São Paulo, na última quarta-feira (23), foi vítima de asfixia por esganadura, caracterizada pela compressão do pescoço com as mãos. O laudo desmente a versão apresentada pelo falso pastor e engenheiro suspeito, que alegou ter caído sobre Luane durante uma suposta luta corporal.
A prima da vítima, Myllena Rios, falou emocionada ao Blog do Valente sobre a personalidade de Luane e os planos dela para o futuro. Segundo Myllena, Luane era uma pessoa “extrovertida, amiga e acolhedora”, que foi a São Paulo para arrumar um apartamento antes de se mudar definitivamente.
“Falar de Luane pra mim é algo que tá sendo muito doloroso, entendeu? Então só tenho que falar que ela era uma pessoa muito extrovertida, amiga, acolhedora, que tava correndo atrás dos seus objetivos, sempre foi esforçadora de correr atrás do que é seu pra realizar seus sonhos, entendeu? É uma pessoa acolhedora, a gente sempre acolheu pessoas na nossa casa, pessoas LGBT que eram esposas da casa dos seus pais, sempre acolheu, ajudou todo mundo. A Luane era uma pessoa excepcional, entendeu? Então falar dela até agora dói até muito. Ela não foi morar em São Paulo ainda, gente. Ela foi ver a questão do apartamento que eu tinha falado a vocês, falei nos blogs. Ela foi ver a questão do apartamento. Aí ela vinha ainda pra Santo Antônio de Jesus, entendeu? Pra depois a gente se mudar pra lá.”, afirmou Myllena, em lágrimas.
Entenda o caso
Luane, uma mulher trans de Santo Antônio de Jesus, foi encontrada morta em um quarto de motel na cidade de Santos, São Paulo. As investigações apontam que ela foi atraída para a cidade por falsas promessas de trabalho e melhorias financeiras, feitas pelo suspeito que agora é investigado por sua morte.