A Justiça de Pernambuco decidiu, nesta segunda-feira (23/9), que não vai soltar Deolane Bezerra, a mãe dela, Solange Bezerra, nem os demais investigados da Operação Integration.
A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife entendeu que não há necessidade de substituir as prisões preventivas dos investigados por outras medidas cautelares, e que há novas diligências a fazer a pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A análise da soltura veio após recomendação feita por cinco promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).
Na última sexta-feira (20), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) decidiu pedir a realização de novas diligências nas investigações da Operação Integration, que prendeu Deolane Bezerra e outras pessoas no dia 4 de setembro. A instituição recomendou também substituir as prisões preventivas já realizadas por “outras medidas cautelares”.
“O Ministério Público de Pernambuco, após minuciosa análise dos autos da investigação denominada ‘Operação Integration’, concluiu que, no momento, para embasar a acusação formal seriam necessárias algumas diligências complementares às que já foram levadas a efeito pelo Polícia Judiciária do Estado de Pernambuco”, informou em nota.
O órgão garante que pedido de novas diligências não prejudica a manutenção de algumas medidas que já foram tomadas e devem ser mantidas as ações de buscas e apreensões de bens e valores.
O MPPE disse ainda que recomenda a substituição das prisões preventivas, levando em consideração que a continuidade das investigações pode estender a prisão dos suspeitos a ponto de provocar um “constrangimento ilegal”.
“Por evidente, as prisões preventivas já deferidas e executadas devem ser substituídas por outras cautelares de que trata o Código de Processo Penal, posto que o lapso temporal necessário ao cumprimento das novas diligências implicaria, inevitavelmente, em constrangimento ilegal”, concluiu.