Os jovens que foram agredidos por seguranças de um shopping de Salvador nesta segunda-feira (28) não estavam roubando, diferente do que acusaram nas redes sociais após vídeos da abordagem circularem na internet. Na verdade, eles estavam vendendo revistas de palavras cruzadas.
Em conversa com o Varela Notícias, a advogada Rebeca Matos, advogada defensora de um dos jovens, que tem 16 anos, afirmou que os funcionários do estabelecimento foram racistas na ação.
“Para o público deles, eles entendem que não podem ter pessoas pobre circulando. Então isso é crime. É a vestimenta? Qual crime eles cometeram? Porque eles foram agredidos? Estamos falando de menores. Se fossem maiores de idade já estariam cometendo crime. Já prestou queixa no Derca”, questiona Rebeca, que é mãe e ficou indignada com o caso.
Ela pontua que os jovens foram encaminhados a uma delegacia e o delegado ligou com insistência à mãe para que o caso não fosse encaminhado ao Ministério Público.
Apesar da tentativa, Rebeca afirmou que já solicitou as câmeras de segurança do shopping, que deverá provar que os jovens estavam roubando. O saldo da abordagem foram diversas lesões, computadas em exame de delito.
Ela pontuou que, até o momento, o Salvador Shopping não se manifestou sobre o ocorrido com a família.
O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente, será encaminhado ao Ministério Público e será levado à justiça.
