Jovem que violentou namorada com pênis de borracha é condenada a oito anos de prisão

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Foto: Divulgação/Cheshire Police

Uma jovem inglesa foi condenada a oito anos de prisão por ter violentado sexualmente a namorada com um pênis de borracha. Gayle Newlnad, 25 anos, manteve por dois anos um relacionamento com uma mulher que não teve a identidade revelada.

Durante este período, Gayle fingiu ser um homem chamado Kye Fortune. O ex-casal, que se conheceu na internet e manteve um relacionamento por dois anos. Segundo o BuzzFeed News, a inglesa e a namorada passaram, ao todo, 100 horas juntas e tiveram relações sexuais ao menos 10 vezes.

Em depoimento, a vítima disse que não consentiu em ter sexo com o “namorado” com uma prótese peniana, e que Gayle usava o pênis falso sem que ela soubesse. “Kye” sempre pedia que a vítima ficasse vendada quando eles estavam juntos, inclusive nos momentos íntimos, para que ela não visse as cicatrizes que ele dizia ter no corpo após uma cirurgia.

Além disso, enquanto se passava por Kye, Gayle também amarrava os seios, usava suéteres grandes de lãs e dizia que o timbre de sua voz era mais alto por conta da sua descendência Filipina e Latina.

A vítima descobriu toda a farsa quando removeu a venda durante uma relação sexual mantida com “Kye” em junho de 2013. Durante a sentença, o juiz que condenou Gayle disse que a inglesa criou uma farsa complexa e a chamou de “inteligente, calculista e manipuladora”.

“Você criou uma página do Facebook usando o nome de Kye, incluindo informações detalhadas sobre este homem, sua família e amigos. Você entrou em contato com a vítima, fingindo ser Kye, e trocou e-mails e mensagens de texto. Você foi tão convincente e cruel que ela pensou que finalmente tinha encontrado um homem que podia amar e construir uma vida”, comentou o juiz ao ler sua decisão.

Ele também disse que a acusada “brincou com os sentimentos” da vítima buscando apenas a sua própria “satisfação sexual”. A família de Gayle caiu no choro ao ouvir a sentença de oito anos, e a jovem condenada estava visivelmente abalada e teve dificuldades em se levantar.

O advogado de defesa da inglesa disse que, apesar de não demonstrar remorso pelos seus crimes, ela era digna de compaixão. “Ela estava tão apaixonada pela vítima que ela estava desesperada para manter o relacionamento com ela não importa o que acontecesse entre elas”, disse Nigel Power em entrevista ao jornal Liverpool Echo. “Este não foi um crime motivado pelo ódio – e sim por um motivo completamente contrário”.