O governador Jerônimo Rodrigues (PT) responsabilizou os municípios baianos pelo estado ter 1.420.947 pessoas que não sabem ler nem escrever, ocupando o 9º lugar com maior número de analfabetos do país, conforme dados do IBGE. Pouco mudou durante os últimos 12 anos.
“Quem alfabetiza são os municípios. É do município que começa a creche, o infantil, o fundamental 1, o fundamental 2. Então a gente não vai ficar de cá guardando os estudantes chegarem no nível médio, no segundo grau, como as pessoas conhecem. Eu tenho que ir lá atrás. E transporte é um deles. Esse transporte não é apenas para os estudantes da rede do ensino médio. Eles se misturam, porque às vezes tem também o ônibus que é do prefeito, que ele bota os estudantes do ensino médio. É porque o estudante é do município. Então não adianta ficar dizendo que tem um carimbo do estado, tem um carimbo do município”, declarou o governador, em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (20)
Apesar de a população não alfabetizada na Bahia ter diminuído 17,8% entre 2010 e 2022 (-308.350 pessoas) e a taxa de analfabetismo ter recuado de 16,6% para 12,6%, o estado não avançou no ranking nacional desses indicadores, mantendo-se nas mesmas posições de 12 anos atrás. Isso revela que, em comparação com outros estados, a Bahia teve pouca evolução na última década.
Nove em cada dez municípios baianos têm taxa de analfabetismo maior do que a média estadual (12,6%). Em contraste, Salvador lidera como a cidade com a maior taxa de alfabetização, com apenas 3,5% da população analfabeta.