“Na maioria dos cenários, a inteligência artificial irá, provavelmente, agravar a desigualdade geral”, alerta diretora-geral do FMI
Pelo menos quatro de cada 10 empregos no mundo devem ser afetados pela inteligência artificial, de acordo com projeções divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo a instituição, as economias mais avançadas estarão mais expostas do que os países emergentes e os de renda mais baixa.
“Na maioria dos cenários, a inteligência artificial irá, provavelmente, agravar a desigualdade geral, uma tendência preocupante que os formuladores de políticas devem abordar proativamente para evitar que a tecnologia alimente ainda mais as tensões sociais”, alertou a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva.
De acordo com Georgieva, os efeitos da desigualdade de renda gerada pela inteligência artificial dependerão do quanto essa tecnologia incrementará os ganhos das companhias. A maior produtividade de trabalhadores e empresas aumentaria os retornos de capital, ampliando a disparidade de riqueza.
Para o FMI, embora haja grande possibilidade de a inteligência artificial substituir totalmente alguns empregos, o cenário mais provável é que ela complemente o trabalho humano.
As declarações de Georgieva foram feitas às vésperas do encontro de líderes empresariais e políticos no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). A inteligência artificial é um dos temas em discussão.